“A educação é o nosso passaporte para o futuro, pois, o amanhã pertence às pessoas que se preparam hoje”, Malcolm X (1925-1965).
Ao início de um novo ano, por mais obstáculos que existam dificultando uma educação com um mínimo de qualidade, necessário se faz perseverar na superação dos desafios por quantos dedicados à causa educacional: docentes, sociedade e autoridades. Não é menos verdade que a caminhada, entra ano e sai ano, parece interminável e que o amanhã se encontra bem distante dos sonhos e objetivos do educador, o que é real e, até, compreensível. Mas, aceitável, não!
Não modificará o seu mundo quem efetivamente ainda a si não mudou, observando-se que a regra da imutabilidade petrifica o saber, isola e mutila o processo dinâmico da transformação do ser, e o invalida como futuro ator e agente construtor social.
Na mitologia grega Prometeu contrariou a Zeus dando o fogo aos homens e fazendo-os, em conseqüência, superiores a todos os demais seres vivos. Como castigo, foi acorrentado a uma rocha tendo durante o dia seu fígado arrancado por uma águia, o qual, à noite, se recupera para os padecimentos do dia seguinte. Afirma a mitologia que coube a Hércules a proeza de libertar Prometeu de suas provações.
Simbolicamente, o mito grego de propiciar poder ao homem – analogicamente pelo “fogo” da educação – se faz nos dias atuais pelo esforço despendido por uns (educadores) que se encontram “acorrentados”, só que por idealismo, através da causa mais nobre responsável direta pela formação cidadã, nem sempre havendo socialmente a reciprocidade pelo esforço e dedicação. Ou seja, por analogia, se constituem os “Prometeus” dos dias atuais!
Na antessala deste novo ano, necessário se faz refletir sobre o amanhã da educação – aqui defendida como instrumento balizador de um futuro melhor – em que o poder público tem obrigações a cumprir e o indivíduo direitos a receber, se se deseja uma Nação próspera, um Estado desenvolvido, com mais inclusão e igualdade social, sem discriminação de qualquer natureza, seja étnica, de gênero, religiosa, credo político etc.
Nas aglomerações humanas mais culturalmente desprovidas do saber dito “civilizado”, como aquelas exemplificadas por grupos tribais dispersos em florestas, percebem-se formas assemelhadas a ritos de passagem, quando o jovem busca se afirmar como adulto. Não será o caso da “educação” recebida através da “pedagogia” tribal existente, e que irá lhe garantir o amanhã? Com certeza, sim!
Na atualidade baiana/brasileira, lendo-se os jornais ou assistindo-se os noticiários televisivos é fácil verificar-se que, neste alvorecer de 2014, a Copa do Mundo domina toda a mídia nacional: construção de estádios, melhoria nos aeroportos, segurança para aqueles que virão ao Brasil, questões da mobilidade urbana durante os jogos e por aí vai.
Quanto ao amanhã da Educação, infelizmente está ficando sabe Deus para quando!