Novos horizontes, em velho cenário, no mês do desgosto

Hamilton Farias de Lima, professor universitário.

                      “Aprenda com o ontem, viva para o hoje, esperança para o amanhã. O importante é não parar de questionar”,  Albert Einstein (1879-1955).

 

Os dias passam e, naturalmente, adentramos agosto – para supersticiosos o mês do desgosto -, que no Brasil guarda repertórios de ocorrências indesejáveis e sombrias, no mundo da política e do imaginário popular. Em 24 de agosto de 1954 deu-se o suicídio de Getulio Vargas, Jânio Quadros renunciou à Presidência em 25 de agosto de 1961 e Juscelino Kubitschek faleceu em acidente automobilístico, em 22 de agosto de 1976.

Ora vivenciando o fatídico agosto, e frente os momentos do ano eleitoral e das campanhas publicitárias, quais os desenhos propositivos para os futuros amanhãs e suas realizações, expostos por aqueles pleiteantes, na medida das escolhas eleitorais que os brasileiros irão consignar em breve, mesmo nessa indesejada contigência agostina?

O que eles (uns reconhecidos e celebrados apedeutas, travestidos de lideranças, de há muito encastelados nos burgos do poder político) têm propugnado nos tempos atuais sobre corrupção, honestidade, trabalho, educação, saúde e segurança para o desenvolvimento da Terra dos Papagaios?!

Fundamentado no princípio em que política é a arte de bem administrar, qual programa varrerá do país o lixo da corrupção, o desvio dos recursos, de tal forma a se preservar o somatório dos impostos recolhidos para o uso racional dos objetivos e metas que se traduzam em bem-estar coletivo do nosso País?

Coisa simples de assumir, mas impraticável a quem tem consciência de mentecapto, dissimulado e alienador do bem público; predador rapinante em causas próprias et caterva, como os registros da história recente demonstraram!!!

Torna-se, então, obvia a desejável equação a ser utilizada, no viés da revolução democrática eleitoral, consciente e cidadã. A partir dela, o cidadão de bem e de senso crítico não tem dificuldades nas escolhas, observando a história do candidato, sua conduta como administrador eficiente, minimamente honesto e, como bem diz o jargão popular,  “não roubando, nem deixando roubar”!  

Na equação, os critérios de escolhas levariam em conta, simplesmente, elementos de natureza meritocrática pela observação dos seus ideários, e não apenas os conteúdos da propaganda dos marqueteiros ou dos manifestos interesses partidários, na manutenção do poder pelo poder.

Urge, assim, vivenciar a escola da democracia – a eleição ­-, observar experiência, princípios éticos e morais, na ótica da cidadania, como meios para análises e discussões, objetivando-se novos horizontes ainda que em velho cenário, desgastado e sujeito à descrença, ora tão presente no imaginário nacional.

 

 

 

 

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