Sai o Outubro Rosa e entra o Novembro Azul, o mês de conscientização sobre o câncer de próstata. Durante esse período, vão chover mensagens sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento desse tumor, o mais comum entre os homens (desconsiderando o de pele).
Nós separamos quatro notícias publicadas entre hoje e o Novembro Azul do ano passado que são especialmente importantes na luta contra essa doença. Confira:
1) O remédio que entra na primeira linha de tratamento contra o câncer de próstata avançado
Em uma reportagem especial sobre as principais novidades do maior congresso de oncologia do mundo, há um tópico específico para abordar essa droga. Eles descobriram que a enzalutamida (Astellas Farma) deve ser a primeira linha de tratamento aos homens com câncer de próstata metastático — até então, essa droga só entrava em cena mais pra frente, quando a hormonioterapia não trazia resposta. Em um estudo, ela mostrou ser mais efetiva do que as opções atuais quando o tumor é metastático (ou seja, já se espalhou pelo corpo).
2) A cirurgia que devolve a ereção de homens que retiraram a próstata por causa do câncer
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista de Botucatu anunciaram recentemente os resultados da reinervação peniana, uma nova cirurgia para corrigir a disfunção erétil em homens que retiraram a próstata. A remoção dessa glândula masculina, procedimento comum em pacientes com câncer na região, não raro culmina em impotência.
A equipe brasileira já operou 62 homens, com uma taxa de sucesso de 60%. Isso significa que seis em cada dez voltaram a ter “capacidade de penetração” durante o sexo.
3) A pesquisa que revelou onde os brasileiros pisam na bola com a saúde
No Brasil, quase 40% dos homens até 39 anos e 20% daqueles com mais de 40 só vão ao médico quando se sentem mal. Boa parte deles não tem ideia de como anda o coração nem faz exames cardiológicos. E pelo menos um terço enxerga no bem-estar mental o principal desafio para ter mais saúde hoje.
Eis o panorama da pesquisa Um Novo Olhar para a Saúde do Homem, feita pela revista SAÚDE, a área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril e o Instituto Lado a Lado pela Vida, com o apoio da farmacêutica Astellas. Realizado via internet com 2 405 brasileiros de todas as regiões do país, o levantamento foi discutido no último Fórum SAÚDE, em São Paulo.
4) O toque retal do urologista e o do coloproctologista
Uma dúvida comum, ainda mais durante o Novembro Azul, é sobre qual médico deve fazer o toque retal para diagnosticar o câncer de próstata. Às vezes, vemos alguém falando que foi ao coloproctologista, fez o exame de toque e a próstata estava bem. Mas é preciso ficar claro que quem deve fazer essa avaliação visando um tumor maligno na glândula é o urologista.
Porém, os médicos das duas especialidades podem realizar o toque no reto. O coloproctologista visa diagnosticar os problemas do reto e do ânus, como hemorroidas, fissuras, fístulas e também cânceres do reto e do canal anal. Já o urologista recorre ao método para, através da parede do reto, analisar o tamanho e a superfície da próstata.
Ou seja, embora ambos façam o toque, cada um está buscando informações distintas. Inclusive, as posições de exame são diferentes.
Informações: Saúde.com