As páginas das notícias vão passando umas sobre as outras, esquecidas após serem lidas, mas em todas existe a brutalidade do cotidiano, mostrando a opressão de uma sociedade absolutamente anônima. Há uma deterioração crescente do cotidiano com a corrupção e a violência urbana.
Nas notícias, vejo sempre duas pautas: o sofrimento da população e a mentira dos políticos, nos quais a verdade fica escondida entre ervas, cheia de espinhos, apresentando-nos uma realidade desfocada. Elas são colchas de retalhos de ocorrências, de episódios fragmentados que se alinham nas partes que lembramos, enquanto outras porções parecem ter sido esquecidas completamente.