Nossa fé e nosso país

“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. (Mateus 5.13)

Essa palavra de Jesus nos responsabiliza diante da vida. Algo importante, visto que muitas vezes somos irresponsáveis. Gostamos de transferir responsabilidades. Os culpados são sempre e somente os outros. Somos mais treinados no ofício da acusação do que na prática da confissão. E até Deus é incluído nesse jogo: queremos que Ele assuma nossas responsabilidades. O que lhe vem à mente? Que compreensão você tem dessa declaração de Jesus: “Vocês são o sal da terra”? À minha vem que é nossa responsabilidade cuidar para que a vida aqui seja justa e feliz. É nossa responsabilidade a miséria e a pobreza que destroem vidas e comprometem futuros. É nossa responsabilidade e não de Deus!

A irresponsabilidade perpassa os diversos aspectos de nossa vida e inclusive nossa espiritualidade. Nossa cidadania então, nem se fala! Queremos que Deus abençoe nossa nação, mas devemos nos perguntar se temos tido posturas e ações que, se imitadas por outros, levariam nossa nação a ser o que gostaríamos que Deus fizesse dela. O profeta Miqueias declarou em obediência a Deus: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.” (Mq 6.8) Mas se não praticamos a justiça, se não amamos a fidelidade e se não andamos humildemente diante de Deus, quanto o sentido de orarmos para que Ele abençoe nosso país? E talvez Ele nos pergunte: o que você tem feito para abençoar o seu país?

Nesses dias inúmeros são as mensagens que circulam sobre o atual momento político e social brasileiro. Há os verdes e amarelos e os vermelhos. Ambos se acusam de antipatriotismo. Ambos apontam os erros do outro. Mas melhor fariam se avaliassem com lisura as próprias posições e com isenção os fatos de nossa história. Não há inocentes. Perdemos de vista o país e olhamos e lutamos apenas por aspectos dele que nos convém. Como cristãos nossa responsabilidade cresce. Devemos pedir direção do Espírito Santo e agir. Devemos superar o fisiologismo e considerar os valores e princípios de Reino como o caminho para nossa nação. O sal não pede licença para ser sal e nem faz contas se é viável. Ele é. Ele salga. Se não houver lucidez entre aqueles que afirmam ser povo de Deus, o sal perdeu o seu sabor e nada mais nos resta, se não o abuso, a injustiça, a corrupção e o fortalecimento do mal.

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