Não à inveja

“Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.” (Gálatas 5.26)

A proposta cristã não é vivermos concentrados no que não devemos ser. Mas muitas vezes as Escrituras nos dirão “não sejam assim” ou “não façam aquilo”. Uma dessas vezes é no verso de hoje e o “não” tem com algo a presunção e a inveja. A primeira me leva a pensar que sou melhor que outros; a segunda me leva a ter raiva de quem o outro é ou tem, por causa da visão depreciativa que tenho a meu respeito ou devido às ilusões que tenho sobre quem deveria ser. A inveja faz do outro uma espécie de causa da minha infelicidade.

Mas o problema está comigo, e não com o outro. A inveja me diz que sou incompleto, inferior, insuficiente, ela diz que sou “menos” em relação à pessoa que invejo. Sinto necessidade de ser como ela ou ter o que ela tem ou, quem sabe, eliminá-la! A inveja provoca uma dor que pode enlouquecer. Ela não nos faz admiradores, nos faz inimigos de quem invejamos. Ela é diabólica. Espírito de Deus nos diz para nos alegrarmos com a alegria e chorarmos com a dor do outro. A inveja faz justamente o contrário. Assim como a presunção, a inveja nos faz agir em desobediência a Deus.

O equilíbrio que nos livra do “demais” da presunção e do “menos” da inveja, é fruto do Espírito. Pelo Espírito de Deus somos envolvidos no amor que nos pacifica diante de nossas limitações. Ele nos ajuda a olhar para o lugar certo e nos lembrar das cosias certas, como diz Jeremias, lembrar do que nos pode dar esperança (Lm 3.21). A presença e influência do Espírito de Deus promove nossa saúde e equilíbrio para vencermos a inveja. Sozinhos e sendo alvos de tantas mentiras e provocações de uma sociedade que cultua o ego e o consumo, corremos o risco de adoecer pela inveja. Mas Deus é o nosso refúgio e nos chama para andar com Ele. A escolha é nossa!

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