O namorado de Ana Carolina Vieira, a nadadora que foi desligada dos Jogos Olímpicos de Paris neste domingo (28), usou as redes sociais na tarde de hoje para desabafar sobre a situação.
Em um longo comunicado, Gabriel Santos, que também é nadador e participou da competição representando o Brasil, falou sobre o “passeio” na Torre Eiffel que acabou prejudicando o casal.
Além da saída não autorizada, Ana Carolina Vieira também foi penalizada por contestar uma decisão da comissão técnica sobre a competição, resultando em seu desligamento dos Jogos Olímpicos. Gabriel, por sua vez, recebeu apenas uma advertência.
Saída em momento livre A situação ocorreu na última sexta-feira (26). Sem autorização, os dois atletas deixaram a Vila Olímpica e foram visitar o icônico monumento onde está fixado o símbolo dos Jogos Olímpicos. Eles tiraram fotos e postaram nas redes sociais.
No comunicado, Gabriel explicou que o casal não imaginava que o passeio pudesse resultar em penalidades, mencionou que outros atletas também teriam feito registros semelhantes e afirmou que usaram o transporte oficial dos Jogos Olímpicos para chegar ao local.
“Erramos em não realizar a comunicação da maneira adequada, conforme a Cartilha do Esporte Seguro, e por isso fomos advertidos”, escreveu.
“Não comunicamos porque, apesar de estarmos fora da Vila, toda a logística de deslocamento foi feita através dos meios fornecidos pela organização, aos quais temos acesso livre por meio do credenciamento, e pensamos que essa comunicação só seria necessária se fôssemos nos deslocar de forma autônoma pela cidade”, continuou.
O nadador também destacou que está em um relacionamento com Ana Carolina Vieira há 3 anos, que esta é a segunda vez que eles participam de Jogos Olímpicos e que eles sabem “separar as coisas”.
“Sempre separamos muito bem nosso lado pessoal do profissional e quem nos conhece e convive com a gente sabe muito bem disso. Não é à toa que conseguimos chegar juntos até aqui”, disse.
Veja o comunicado de Gabriel Santos na íntegra:
“Em um período off de treinamento após o almoço, decidimos nos informar na própria central de atendimento no prédio do Time Brasil sobre a possibilidade de ir visitar a Torre Eiffel com os aros olímpicos, símbolo emblemático dessa edição, que inclusive diversos atletas também estavam indo para fotografar e registrar o momento de recordação.
Dentro das possibilidades apresentadas a forma mais rápida e segura, seria através do transporte fornecido pela organização, o qual sai de dentro da própria Vila dos atletas que estamos hospedados e nos leva até a Arena do Vôlei de Praia, a qual é no pé da Torre, portanto, não precisaríamos nos expor ao transporte publico da cidade e correr qualquer tipo de risco, seria 100% seguro, já que é a mesma logística que utilizamos todos os dias para ir ao estádio da natação.
Portanto, fomos até a Torre da maneira citada acima, inclusive, realizamos um post no mesmo dia, sem a necessidade de esconder de ninguém.
Erramos em não realizar a comunicação da maneira adequada como manda a Cartilha do Esporte Seguro, portanto fomos advertidos. Não comunicamos, pois apesar de ser fora da Vila, toda a logística de deslocamento, realizamos através dos meios fornecidos pela organização, a qual temos acesso livre pelo credenciamento e pensamos que essa comunicação só seria necessária se fossemos andar de forma autônoma pela cidade.
O objetivo com esse texto, não é justificar e sim explicar o ocorrido já que os meios de comunicação não disseminam informações completas, textos fragmentados e muitas vezes tendenciosos. Estamos sofrendo ataques em nossas redes por pessoas mal informadas, por esse motivo decidi realizar essa publicação com o intuito de explicar a maneira que tudo ocorreu.
Moramos juntos há mais de 3 anos, é o nosso 2° jogos olímpicos juntos, somos do mesmo clube, sempre separamos muito bem nosso lado pessoal do profissional e quem nos conhece e convive com a gente, sabe muito bem disso. E não é à toa que conseguimos chegar juntos até aqui.
Seguem as fotos da arena, o que mostra a proximidade com a torre e a foto tirada, a qual da pra perceber a ausência de público, pois era uma área restrita aos credenciados e tudo isso no período diurno”.
Fonte: Bahia.ba