Na mesma época do ano, chuvas intensas voltam a preocupar moradores após estragos causados no Extremo Sul

Na mesma época do ano, chuvas intensas voltam a preocupar moradores após estragos causados no Extremo Sul
Quase 3 mil pessoas ficam desalojadas após forte chuva em Prado, no extremo sul da Bahia — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Com a chegada da primavera de 2022, os meteorologistas já previam que a estação seria chuvosa e que contaria com ocorrência de um sistema conhecido como “ZCAS”. Neste mês de novembro, seus efeitos já são notados e prejuízos são contabilizados em diversos municípios do Extremo Sul da Bahia.

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é definida, pelo portal Climatempo, como o principal responsável pelo prolongamento de chuva frequente e volumosa. Em 2021, a região conheceu sua pior demonstração.

Dezenas de cidades ficaram submersas e famílias precisaram deixar suas casas entre novembro e dezembro do ano passado.

Um corredor de umidade da Amazônia potencializou a ZCAS junto à formação de uma depressão subtropical (rajadas de vento em formato circular em sentido horário).

Apesar de ser atípico, o “contexto” de eventos meteorológicos permanece na mente de quem perdeu tudo e de quem assistiu tamanha tragédia. Com o sistema ZCAS novamente em atuação, muita chuva ainda pode chegar em 2022.

Na mesma época do ano, chuvas intensas voltam a preocupar moradores após estragos causados no Extremo Sul
Bombeiros monitoram cidades. Foto: 18 GBM/Divulgação

No dia 21 de novembro, uma chuva intensa alagou bairros de Eunápolis. O acumulado foi de aproximadamente 50mm.

Na quinta-feira (24), em Medeiros Neto, alagamentos e fortes enxurradas foram registrados após chuva forte. Os rios que cortam a cidade permanecem em níveis considerados normais.

A Prefeitura de Itanhém informou que estragos causados por temporal levaram à decisão de decretar estado de calamidade. Vias ficaram tomadas pela água.

Em Teixeira de Freitas, no sábado (26), o grande volume de água invadiu casas e causou danos na rodovia BR-101, sentido a Itamaraju, que também sentiu os impactos do fenômeno.

Em Jucuruçu, no domingo (27), a Prefeitura emitiu um boletim especial informando que segue monitorando atentamente as ocorrências de chuvas, sem registros de alagamentos.

No Prado, tanto na sede, quanto no distrito de Cumuruxatiba, quase três mil pessoas ficaram desalojadas e cinco comunidades ficaram isoladas com o bloqueio de pontes.

Outros municípios também têm sido afetados com alagamentos.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), toda a região permanece em alerta para grande acumulado de chuva nas próximas horas.

A previsão do tempo indica que as precipitações devem continuar durante a semana.

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