“Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida”
Che Guevara
Ser mulher era perder-se no tempo. O tempo não era o seu envelhecimento, mas sim o seu mistério jamais revelado ao mundo, as mulheres quase não tinham direitos civis, a percepção da vida era a mesma da idade da pedra, quando o homem saia para caçar e a mulher cuidava do abrigo e da comida, havia qualquer coisa de mórbido, sem esperança, como um fosso sem fundo, escuro e gelado. Existia um vazio, uma dor de uma vida tolhida como uma tela em branco, dai brotou a força de transformação.
O anseio de transcender a individualidade autoconsciente, é um dos principais apetites da alma, e é bom que o tempo seja uma construção, e nesta construção as relações de poder entre homens e mulheres reguladas pela sociedade mudaram. Marcos como a pílula
anticoncepcional que surgiu nos anos 60, aquele pequeno comprimido, revolucionou, desde então, a sexualidade feminina, do ponto de vista do controle e autonomia da mulher. O direito a voto. O voto feminino no Brasil foi reconhecido em 1932 e incorporado à Constituição de 1934, mas era facultativo. Em 1965, tornou-se obrigatório, sendo equiparado ao dos homens, de lá para cá a luta não parou. Salve o dia internacional da mulher.