Quinto ocupante da Cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi eleito em 23 de março de 2000 e tomou posse em 31 de maio do mesmo ano.
É autor de 17 romances, como “O ventre” (1958), “A verdade de cada dia”, “Tijolo de segurança” e “Pilatos” (1973), uma de suas obras-primas. Depois deste último, passou mais de 20 anos sem publicar nenhum outro romance, quando lançou “Quase memória” (1995). A obra, que vendeu mais 400 mil exemplares, rendeu o Prêmio Jabuti.
Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Começou a carreira em 1952 como redator da Rádio Jornal do Brasil. Também passou pelas redações do Correio da Manhã, da Folha de S. Paulo e da rádio CBN.
Como escritor, ganhou três prêmios Jabuti pelos romances Quase Memória, A Casa do Poeta Trágico e Romance sem Palavras.
Segundo a ABL, com o golpe militar de 1964, foi preso várias vezes e passou um período na Europa e em Cuba. Cony deixou esposa e três filhos.
Cony foi internado no dia 26 de dezembro por problemas gástricos. Ele morreu por falência múltipla dos órgãos devido a complicações decorrentes de uma cirurgia a que foi submetido no dia 1º. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o enterro do escritor.
Veja, abaixo, prêmios recebidos por Carlos Heitor Cony:
- Duas vezes o Prêmio Manucel Antônio de Almeida, pelos romances “A verdade de cada dia”, em 1957, e “Tijolo de segurança”, em 1958;
- Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra, em 1996;
- Prêmio Jabuti em 1996, pelo romance “Quase memória”;
- Prêmio Jabuti em 1997, pelo romance “A casa do poeta trágico”;
- Prêmio Jabuti em 2000, pelo romance “Romance sem palavras”;
- Em 1998, foi condecorado pelo governo francês no Salão do Livro de Paris com a disitinção L’Odre des Arts et des Lettres;
- Grande Prêmio da Cidade do Rio de Janeiro, em 2014, atribuído pela Academia Carioca de Letras
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