A Veracel Celulose investe no projeto de Monitoramento de cetáceos no trecho entre Belmonte (BA) e Barra do Riacho (Portocel, ES), trajeto percorrido pelas barcaças da empresa, e também por centenas de baleias jubarte que, nos meses de julho a novembro chegam para se reproduzirem no litoral brasileiro. A novidade é que esta iniciativa vai durar, no mínimo, mais um ano. Isso porque a parceria com o Instituto Baleia Jubarte, que acontece desde 2003, foi renovada. O monitoramento, uma prática inédita no Brasil, atende a uma condicionante do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o funcionamento do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB) e tem como objetivo viabilizar o acompanhamento e a fiscalização da passagem das barcaças, na zona de amortecimento do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, estabelecendo, assim um programa de monitoramento de cetáceos na rota percorrida. “Nós monitoramos a rota desde o início e até hoje nenhum indício de interferência significativa foi encontrado”, revelou Eduardo Camargo, coordenador do Instituto Baleia Jubarte, em Caravelas.
Ainda de acordo com ele, são realizados três tipos de monitoramento na rota das barcaças. Um deles é o monitoramento embarcado, quando os pesquisadores do instituto percorrem toda a rota da barcaça, avaliando a presença de baleias. “Avaliamos com mais a atenção a presença de filhotes, que merecem um cuidado especial”, diz o pesquisador. A cada três anos, o Instituto realiza o monitoramento aéreo, quando os pesquisadores sobrevoam toda a região (de Belmonte a Barra do Riacho). Segundo Camargo, esse monitoramento permite que eles tenham uma estimativa da população de baleias e sua distribuição na região. O próximo monitoramento aéreo será efetuado em 2011.
O terceiro monitoramento conta também com a colaboração das comunidades do litoral, por meio de uma rede de contatos do Instituto Baleia Jubarte. É o monitoramento de encalhes, que faz parte de uma rede de monitoramentos de todo o Brasil. Com esta prática, os pesquisadores conseguem salvar baleias que tenham encalhado e realizar estudos que permitem avaliar as causa, em caso de morte.
“O mais interessante destes monitoramentos é que eles resultaram em benefícios para os dois lados. Eles trouxeram benefícios para a pesquisa de conservação, com uma série de informações muito importantes para a preservação das baleias. Também há benefícios econômicos, já que através do monitoramento, conseguimos sugerir uma rota mais econômica para a empresa”, concluiu Eduardo Camargo.
Fonte: Veracel Celulose