Tenho fome de ver coisas belas, ouvir belos sons, ter sensações mais profundas. Quero aprender, fascinar-me e surpreender-me de maneira contínua. Evito o quanto posso as notícias; ler clássicos da literatura é melhor. As escolhas que fazemos não se aplicam apenas à arte, mas também aos amigos que elegemos, às conversas que temos e até mesmo aos pensamentos que cultivamos.
Todos esses aspectos afetam nossa capacidade de distinguir o bom do muito bom e o muito bom do grandioso. Eles nos ajudam a determinar o que merece nosso tempo e nossa atenção. Devido à quantidade infinita de dados disponíveis e à nossa largura de banda limitada, é preciso pensar com cuidado e selecionar bem a qualidade do que deixamos entrar em nosso dia a dia. Devemos calibrar nossas medidas internas. As escolhas que se desenham no Brasil e nos Estados Unidos, e o que está acontecendo na Argentina, mostram como a sociedade está doente.