“Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3.17-18)
“Já fui rico. Hoje sou pobre. Ser rico é melhor!”. “O dinheiro não trás felicidade, mas manda vir seja lá onde ela estiver!”. “Dinheiro não compra felicidade. Mas compra coisas tão parecidas que a gente nem percebe a diferença!”. Todas essas são produções desse nosso mundo em que o dinheiro conta tanto! Numa vida organizada sobre o dinheiro, sentimos muita falta dele e sem ele tudo fica mais difícil. Todos precisamos e queremos dinheiro, e em quantidades maiores do que de fato precisamos. Afinal, o que ele pode comprar parece não ter limites. Mas, ainda assim, é um mito acreditar que dinheiro seja indispensável à felicidade. Ele é necessário para a vida, mas insuficiente para ser feliz.
Não tenho muito dinheiro e há muitas coisas que não posso ter. Muitas delas, jamais poderei. Todavia, há coisas que tenho e que não obtive com dinheiro, e dinheiro algum poderia comprar: amigos, família, minha fé em Cristo e minha comunhão com Deus, são alguns exemplos. Tenho também a esperança de vida eterna que anula o medo da morte. E o bom humor? Alguém sabe onde se vende? Nada disso o dinheiro pode comprar. Com dinheiro posso fazer uma plástica, mas não posso parar o tempo. Tudo o que dinheiro pode comprar o tempo leva e para tudo que ele pode comprar, há substitutos. A felicidade que o dinheiro compra vale muito pouco e por pouco tempo!
Para sermos felizes precisamos ser amados incondicionalmente e de um poder que corrija nosso jeito limitado de ver a vida e reoriente nossa estrutura de valores. Precisamos de dádivas eternas, que só em Cristo encontramos. Não é procurando ter ou reter que somos felizes. É nos entregando a Deus pela fé em Cristo. É abrindo mão de nossa ilusória liberdade e aprendendo a ser livres pela submissão a Deus. Para ser realmente felizes neste mundo incerto, precisamos ter o que jamais nos poderia ser tirado. E como dizia Jim Elliot, “não é tolo quem abre mão do que não pode reter, para receber o que não pode perder.” E isso só temos e pertencemos a Deus. Quanto ao dinheiro, pobre de quem, por causa dele, se sente rico. E infeliz é quem se sente feliz apenas por causa dele.