A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, destacou a importância de preparar educadores e professores sobre a prevenção do suicídio e automutilação em um encontro na segunda-feira (22) com a presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares e da Câmara de Ensino Superior da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), Elizabeth Guedes, em Brasília. Essa ação faz parte da campanha “Acolha a Vida”.
“São questões que os profissionais da Educação poderão lidar durante toda a carreira profissional. Por isso a importância do preparo desde a graduação, desde os primeiros passos”, disse a ministra.
Na oportunidade, a titular do MMFDH agradeceu aos educadores pelas transformações que proporcionam nas vidas das crianças e adolescentes. “Vamos continuar acolhendo quem sente dor, vamos diminuir sofrimentos”, convidou.
Números
A ministra demonstrou, ainda, a preocupação com as taxas de suicídio divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados são referentes a todas as faixas etárias, inclusive crianças, adolescentes e jovens.
“Vocês, profissionais da educação, tem contato direto com as principais faixas etárias atingidas. Sei que já se preocupam e orientam. Vamos ficar ainda mais atentos”, ressaltou.
Segundo a OMS, de 5,0 a 9,9 mortes por 100 mil habitantes no Brasil tiveram o suicídio como causa no ano passado. “Estima-se que, anualmente, a cada adulto que se suicida, pelo menos outros 20 possuem algum tipo de ideação ou atentam contra a própria vida. O suicídio representa 1,4% das mortes em todo o mundo. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte”, afirmou a Organização sobre os dados referentes a 2017.
Formação
Neste contexto, a presidente Elizabeth Guedes informou que muitas universidades estão adequando a grade curricular. Segundo ela, as matérias abrangem conhecimentos relativos à inteligência emocional, felicidade e bem-estar.
“O objetivo destas disciplinas é fornecer aos alunos instrumentos e talentos socioemocionais que permitam que eles entendam as frustrações do dia a dia, o sentido das atividades curriculares e, mais do que isso, que eles desenvolvam habilidades de conviver em grupo, de tolerância e de empatia”, enfatiza.
De acordo com a representante da Confederação, é preciso entender que, para além dos conteúdos técnicos, é relevante formar habilidades e competências para o desenvolvimento psicológico.
“A importância das disciplinas de inteligência emocional nos currículos de todas as carreiras e profissões enfatiza a necessidade que nós temos de investir nos nossos jovens e formar adultos equilibrados e socioemocionalmente adaptados. Mais do que isso, prontos para conviver com a diversidade e a frustração”, completa.
Fonte: R7