Minha Jardineira

Minha Jardineira

Gosto de adubar as plantas da Jardineira, mas não tem muito o que fazer, já tem autossuficiência. Tentei deixas os holofotes que iluminam lindamente as plantas ligados sempre, mas a conta de energia elétrica chegou como uma bomba química: mostrava um número horroroso, um número que parecia “uma fórmula atômica”, como costumava dizer meu pai toda vez que pagava a conta de luz.

Não me resta nenhuma opção senão acariciar as belas plantas com a voz e desejar que mantenham a força para suportar a baixa qualidade de água ao regar, não molho muito. Falo com elas como se fossem criaturas, na forma como minha mãe se dirigia a mim como recém-nascido, fazendo da voz um tom doce, uma imitação autêntica do amor. Sentado na sala, não posso ver o mar, mas vejo a cortina de plantas, enquanto tomamos vinho. É uma maravilha este clima de Mata Atlântica no meu ambiente.

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