Meu Salvador foi batizado!

“Então Jesus veio da Galileia ao Jordão para ser batizado por João.” (Mateus 3.13)

Jesus sempre me provoca reflexões. Como poderia não ser assim! Ele é a mais completa revelação do Pai (Hb 1.1-3). Como poderia ler sobre suas atitudes e suas palavras e isso não ser provocador, instigador?! Ele veio nos trazer o Reino de Deus e nós, com olhos, ouvidos e mentes doutrinadas pelo reino dos homens iremos sempre correr o risco de não compreende-lo claramente. Por isso a fé nele inclui a presença e atuação do Espírito Santo (Ef 1.13-14). O Espírito Santo nos conduz a toda verdade (Jo 16.13). Mas, como ia dizendo, Jesus sempre me provoca reflexões e, acrescentaria: perplexidade. Elas declaram a mim que há algo para eu compreender sobre a fé ou sobre a vida, que ainda não compreendi. Pois Cristo é perfeito em tudo que faz.

Quando leio que Jesus acordava antes do sol nascer e procurava um lugar solitário para orar, sou levado a abandonar a visão utilitarista da oração. Ela é algo mais profundo do que apenas um expediente para pedidos de bênçãos. Quando leio que Jesus foi ao Jordão para ser batizado por João, sou levado a considerar que há algo de muito importante no batismo e que nenhum cristão deveria deixar de perceber. Se o Salvador foi batizado, aqueles que Ele salva não deveriam fazer o mesmo? Quando Ele orientou os discípulos a pregarem o Evangelho, a anunciarem as boas novas do Reino de Deus que salva e redime, disse que deveriam também batizar os que cressem (Mt 28.19-20). E o pré-requisito não seria outra coisa senão a fé no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). E foi assim que os primeiros cristão começaram a fazer (At 8.36-38).

Se Jesus batizou-se e ensinou que os que cressem deveriam ser batizados, há algo de importante no batismo que simboliza da nossa fé. O batismo torna-se um marco histórico de nosso encontro e compromisso com Cristo. Ele declara o que eu quero ser e como quero viver. Diante das minhas fraquezas, quando sou o que não deveria e tenho atitudes que contradizem minha fé, lembro-me do batismo que recebi em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E então, como o pródigo, volto pra casa! Arrependo-me e busco o perdão que, de fato, já me foi dado em Cristo. O batismo, algumas vezes, é como um farol em meio à neblina e perigos do mar da vida. Quando minha fé está fraca, já não vejo com clareza a face do meu Mestre, mas lembro-me que fui unido a Ele no batismo. Pois é isso que o batismo representa. Se Jesus não tivesse se batizado, talvez eu duvidasse, mas por causa dele sei que o batismo não é dispensável!

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