Meu fardo é leve

“Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.30)

O meu fardo é leve… aquilo que coloco sob sua responsabilidade… aquilo que espero que você faça… o caminho que lhe convido a percorrer… nada disse lhe roubará a vida, ao contrário, lhe alimentará a alma. Por isso é leve! Será vida abundante (Jo 10.10). A vida que você recebera de mim para me seguir será tão grande que, para que você compreenda, diria que uma fonte de água vida brotará em você (Jo 4.13-14). E, sabe como é, haverá tanta vida para você e poderá oferecer a mais alguém. Você poderá dar a outros o que receber de mim: amor, perdão, bondade, compaixão e tantas outras virtudes que alimenta e fortalece, e tanto faltam neste mundo que se esqueceu do Pai. Não tenha medo. Pode vir. Há muita coisa que você ainda não entendeu direito, mas entenderá. E mesmo não entendendo, creia! A santidade é mais leve do que muitos pretendem que seja. Nada tem a ver com a face rude de quem não sabe amar. Venha a mim…

Isso é o que “ouço” tentando compreender sobre a leveza do fardo de Jesus. Uma compreensão difícil para mim, que aprendi a viver a vida cristã à custa de suor e lágrimas. E quanto mais suor e lágrimas, melhor. Mais bíblica. Numa experiência em que “pagar o preço” é a pena e o orgulho do discípulo. Ainda compreendo que tenho responsabilidades que exigem esforço. Que há também a parte que envolve negar-me para seguir a Cristo (Lc 9.23-24). Mas estou certo de que preciso discernir entre as negações que Ele espera de mim e as outras, às vezes tantas, que a orgulhosa religiosidade, de um tipo similar à dos fariseus, pretende impor a mim. Estas me desumanizam, embrutecem e cegam. Levam-me a cobrar dos outros os sacrifícios que imponho a mim. Aquelas, as de Jesus, ensinam-me a compreender aqueles que ainda não conseguiram dizer não a si mesmos. E talvez jamais venham dizer.

Quero ir a Jesus e continuar indo e aprofundar-me na vida e transitar da desconfiança à plena certeza de que só há um poder capaz de mudar a história, minha e dos outros: o poder do amor. E assim, dia a dia, ainda que lentamente, um pouquinho de cada vez creio  que serei convencido de que nosso problema é a falta de amor a Deus e ao próximo. Que os demais desarranjos e problemas são sintomas disso. Aprenderei que o caminho da retidão não é possuir uma lente que examina e expõe falhas e pecados, seja em nós ou no outro, mas corajosamente lançar-me no abraço gracioso de Deus e aprender com Ele a ter os braços sempre abertos para abraçar. Mas insisto em pensar que é pouco demais, simples demais. Acostumado que estou com tantas regras para a vida, a graça me parece anarquia! Enquanto isso Jesus me convida e esclarece: venham a mim, eu lhes darei descanso; aprenda de mim pois sou humilde manso; aceite minha liderança e faça o que lhes peço; meu domínio é suave e minhas imposições, leves. Creio que acabarei aprendendo.

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