Mendigo

Mendigo

Quando vou à missa no domingo, na Igreja da Vitória, na porta ficam algumas pessoas carentes. Essas pessoas pertencem ao lado misterioso do mundo; muitos as chamam de vadios, mendigos, bêbados. Evocam repulsa quanto a sentimentos fraternos. Procuram atingir o coração dos católicos, supondo que ali encontrarão pessoas bondosas, com a exposição de suas pobrezas, de suas fomes, de suas misérias. Parecem estar se queixando aos céus por suas desgraças. Eles não têm um pedaço de pão, um teto sobre suas cabeças e nem um sapato inteiro. É uma penúria miserável. Olhando para essas pessoas, saímos do transe, quebramos a sensação de estarmos em um sonho, vivendo no mundo que criamos. Ali é o mundo da exclusão, cada um com sua história de perdas e de dor; é o capitalismo selvagem.

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