Memórias perdidas

Memórias perdidas

A sensação agradável dos taninos na língua ao tomar uma taça de vinho é sempre esquecida, e a maioria dos conhecimentos aprendido, se apaga da nossa memória, talvez esse seja o verdadeiro significado de morrer.

Pensando bem, eu realmente esqueci tanta coisa! Eu tinha a impressão que vinha guardando tudo na cabeça, mas percebi, que com o passar do tempo, fui esquecendo diversas coisas, morrendo aos pouco. O tempo em Porto Seguro na infância, minha primeira bicicleta, as viagens com a família e tantos outros fatos, se não lembro deles, é como se não houvessem existido. A vida é uma jornada em que vamos abandonando recordações enquanto prosseguimos.

Somos as nossas memórias, e ao longo da velhice muitos vão desfazendo o alicerce do eu, com uma pedra que desmorona, por dia da visão construída do mundo. As lembranças quando nos são preciosas, elas nos vêm à memória por qualquer motivo, mas, com o passar do tempo, não conseguimos mais nos lembrar de todos os pequenos detalhes.
Não é a mortalidade que me abala, mas a noção de tempo-,ou melhor, a falta dela.

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