Você tem algum celular jogado nas gavetas de casa? Um televisor que não usa mais? Provavelmente sim. Agora, imagine que todo o resto do mundo também tem e que, uma hora ou outra, todos serão descartados. Essa quantidade crescente pode trazer consequências para o meio ambiente. Para sua fabricação, são utilizados materiais pesados, que precisam ter um destino correto. Imagine a quantidade de lixo eletrônico que juntamos durante a vida. Também chamado de REEE (Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos), esse tipo de descarte se tornou um grande problema mundial. Em Mucuri, a Prefeitura Municipal através da Secretaria de Meio Ambiente, quer oferecer uma destinação correta para o lixo eletrônico.
De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente de Mucuri, o jornalista e gestor ambiental Ronildo Brito, a cada dia surgem novos modelos de computadores, smartphones, câmeras digitais e outros diversos produtos eletrônicos. A velocidade dos lançamentos e atualizações fazem com que esses equipamentos se tornem obsoletos rapidamente, e assim cresce a demanda por uma destinação correta para o lixo eletrônico. Para ele, o descarte correto é importante para a preservação do meio ambiente e pode ser combustível para iniciativas inovadoras que beneficiam comunidades inteiras. Onde, após a coleta do lixo eletrônico, uma instituição recolhe equipamentos de informática, pilhas, baterias, celulares, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, televisores e brinquedos eletrônicos, quando os itens passam por armazenamento, triagem, montagem ou desmontagem, reciclagem, reutilização ou prolongamento da vida útil e destinação correta.
Conforme a pedagoga Kátia Aparecida Amaral Rezende Neves, educadora ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mucuri (SEMMAM), o trabalho desenvolvido com o Projeto de Reciclagem de Lixo Eletrônico, conta com uma campanha de comunicação institucional e radiofônica, além de um trabalho de marketing visual com frases que serão tema do projeto e fixadas em pontos estratégicos das zonas urbanas e locais públicos do município através de banners impressos, adesivos, faixas ou outdoors. “Devido ao crescente consumo desses materiais na atual sociedade, precisamos reconhecer a reciclagem como uma alternativa importante na administração da produção de lixo, e assumir um compromisso de mudança no comportamento consumista. Ao trabalhar a reciclagem podemos despertar maior interesse da classe estudantil, de suas famílias e demais pessoas envolvidas em dar um destino adequado ao lixo produzido em suas casas, evitando o desperdício e adaptando-se aos novos hábitos de consumir e reutilizar”, enfatizou Kátia Rezende.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mucuri terá inicialmente neste período da campanha, dois pontos de coletas: um na sede da Secretaria de Meio Ambiente na cidade de Mucuri e outro na Subprefeitura do distrito de Itabatã. Segundo Kátia Rezende, a tecnologia mais avançada e os novos padrões de consumo vêm estimulando as pessoas a adquirir novos produtos, o consumismo e a produção de lixo está aumentando e causando graves problemas sociais e ambientais, principalmente o lixo eletrônico, que é composto por materiais considerados tóxicos, com alta capacidade de poluição e contaminação, por isso, a meta é conseguir expandir a ideia. “A gente precisa de conexão com pessoas que gostem de alguma forma do que a gente está fazendo. Estamos também motivando os alunos da rede pública de ensino a participarem do projeto de conscientização da população para que a comunidade entregue o seu lixo eletrônico aos pontos de coletas. Nossa intenção é que a campanha do lixo eletrônico nasça também na sala de aula e mobilize o município de Mucuri”, salientou a pedagoga e educadora ambiental Kátia Rezende.
Ela explica que durante o desenvolvimento dos trabalhos da campanha, não tão somente o cidadão, quanto os alunos terão a possibilidade de ampliar seus conhecimentos, e construir novas reflexões e atitudes mais conscientes em relação às múltiplas formas de vida no planeta, com a esperança e a responsabilidade de construir um mundo melhor para as gerações futuras. “A escola dentro da cultura ambiental e da comunidade em que está inserida pode formar cidadãos mais conscientes e preocupados com a escassez dos recursos naturais no planeta. Para que possam adotar práticas cotidianas que propiciem mais a reciclagem do lixo produz ido, e ainda, adotar hábitos de consumo que evitem o desperdício e o consumo inadequado e exagerado de novas mercadorias. Mucuri vive hoje uma política ambiental diferente e inovadora, graças às novas diretrizes determinadas pelo nosso prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa “Robertinho” (DEM) e orientada pelo nosso secretário de Meio Ambiente José Ronildo de Souza Brito”, ressaltou a educadora ambiental Kátia Rezende.