Foi adiada a audiência sobre o caso do estupro a duas adolescentes de Medeiros Neto, uma de 12 anos e outra de 14, cometida pelo jornalista e policial militar, Edelvânio Pinheiro. A audiência estava marcada para as 12 h de quarta-feira, 11 , mas, por conta das férias do juiz titular da Comarca de Medeiros Neto, houve uma troca de juiz para presidir a audiência.
O fato começou a vir a tona quando as meninas e as genitoras foram oficialmente ouvidas pelo delegado Sanney Taquetti no dia 1º de outubro. A partir daí, Edelvânio recebeu o pedido de prisão preventiva no dia 13 de outubro e a audiência foi marcada para o dia 11 de novembro.
Apesar de não ter tido audiência, o promotor de Justiça, Dr. José Dutra de Lima Junior, ouviu as testemunhas das vítimas e os relatos continuarem de acordo com a acusação feita a Edelvânio e sua esposa, que é acusada de aliciar menores para o marido. Além disso, outros relatos de possíveis vítimas foram ouvidos também.
Em entrevista a imprensa local, a mãe das meninas disse que o aliciamento era feito pela esposa de Edelvânio, que pedia para as meninas fazerem faxina na casa do casal. Para isso, eram oferecidos presentes, levavam as meninas para salão de beleza e outros tipos de agrados, em troca da confiança da família delas.
“Ele [Edelvânio] dava as coisas para ela, mas eu não sabia o porquê”, relata a mãe das meninas, alegando que, há pouco tempo, descobriu tudo. O tempo total de abuso com a jovem de 12 anos foi de seis meses.
Antes, no entanto, a filha mais velha dessa mesma senhora disse que foi uma vez fazer faxina na casa de Edelvânio e, pelo fato dele ter passado a mão nas pernas dela, ela nunca mais quis voltar lá, sendo esta, então, uma terceira possível vítima.
“Ela [esposa de Edelvânio] falava que ele tinha viajado, ela também ajudava ele”, disse a mãe, contando que, nesse dia, a mulher de Edelvânio deu um remédio dopante a menina fazendo ela ficar inconsciente e, ao acordar, viu os dois nus perto dela. A mãe das meninas também disse que o casal chegou a prender a menina dentro da casa e não deixar ver familiares, além de fazer ameaças às meninas caso elas falassem a verdade.
O caso continua sendo investigado e aguarda ser marcado nova data para audiência. A esposa de Edelvânio continua em liberdade.
Sul Bahia News