Maturidade

“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4.14-15)

Maturidade é um dos sinais que evidenciam o quanto a fé que nos habita, de fato, é a fé no Evangelho de Cristo Jesus ou se somos vítimas de um outro evangelho. Por nossas limitações e suscetibilidades, a fé que praticamos está sujeita a ser um blending, uma mistura, que pode incluir, além do Evangelho, tradições, ilusões, interpretações ruins, extrapolações, superstições e a lista pode ser sem fim. Quanto mais contaminada a nossa fé, mais efeitos colaterais adversos se manifestarão. Quanto mais contaminada a nossa fé, menos cooperadores de Deus e mais servos de homens seremos. Na linguagem de Jesus, menos sal e menos luz (Mt 5.13-14).

Os efeitos colaterais de uma fé contaminada podem ir desde libertinagem escandalosa a austeridade doentia; de emotividade tola a racionalidade fria; de crendice fantasiosa a ceticismo orgulhoso. Em nível eclesiástico podemos ser igrejas que  anunciam mais religião que redenção, mais apegadas a tradições que orientadas pelo Espírito de Deus, que confundem a si mesmas com o Reino de Deus e a própria agenda com a obra de Deus. Que mais trazem as pessoas para si do que as encaminham a Cristo! Para que possamos estar livres desses desvios, nossa fé deve estar orientada pelo amor. Precisamos nos dedicar a amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos! Isso nos mantém no rumo!

A fé em Cristo que não nos torna comprometidos com o amor a Deus e ao próximo, é fé em um outro evangelho! O de Cristo nos compromete com o amor pois somente alicerçados em amor é que somos envolvidos e transformados pelas dinâmicas do Reino de Deus, o que nos leva à maturidade. O Evangelho de Cristo nos faz crescer de forma saudável e equilibrada, levando-nos a superar a infantilidade espiritual que nos expõe a enganos. Conhecemos as misericórdias de Deus e anunciamos suas grandezas (1 Pd 2.9-10). Devemos viver como filhos do Evangelho de Cristo e não como produtos da engenhosidade espiritual humana. Que Deus nos guarde, nos liberte e nos guie!

ucs

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