“Evite a ira e rejeite a fúria; não se irrite: Isso só leva ao mal.” (Salmos 37.8)
Ira, fúria e irritação. Se não reconhece as três em sua vida, com toda certeza aquela que nos aparece a mais branda, a irritação, você dificilmente poderá negar. Não me lembro de conhecer alguém que não se irritasse com alguma coisa ou alguém. E há dias em que a irritação está, como se diz, à flor da pele. A irritação é um sintoma de que algo em nós não está bem. Por isso, quase sempre a irritação produz injustiça. Aquela pessoa, animal ou objeto que recebe o produto de nossa irritação corre risco. O mesmo se pode dizer da ira e da fúria. Essas duas são mais desastrosas e costumam produzir danos ainda maiores.
Por isso o salmista a firma: Isto só leva ao mal. O que fizermos por ira, fúria ou irritação, provavelmente não nos levará a nos orgulharmos e nem terá chances de produzir benefícios e posterior gratidão no outro. Salvo raríssimas exceções. Alguns entendem que Jesus foi tomado de ira quando expulsou os vendilhões do templo. Há quem, diante da injustiça causada a outros, é tomado de ira e sai em defesa dos direitos dos outros. Costuma-se chamar a essas de “ira santa”. Cada um deve julgar quanto de santidade há em suas iras, mas na maioria haverá apenas carnalidade.
Precisamos estar precavidos. Nossas irritações, iras e fúrias afetam mais aqueles que estão próximos: Cônjuges, filhos, colaboradores ou companheiros de equipe. Os que mais participam de nossa vida e que mais deveriam receber respeito e consideração, tornam-se vítimas frequentes de nossos destemperos. O salmista diz: Evite! Evitar é desviar-se, é aprender a reconhecer a aproximação e pegar a saída mais próxima. Poucas experiências são piores do que conviver com pessoas irritadiças, que se iram ou se enfurecem com frequência. Elas são um perigo para si mesmas e para os outros. Não sejamos assim. Isso não combina em nada com quem se diz seguidor do Príncipe da paz.