MAIS UMA VEZ, NATAL!

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9.6)

Isaías é um dos profetas mais messiânicos. O profeta em que mais encontramos profecias relativas ao Messias que viria para trazer libertação. O texto mais conhecido de sua profecia está no capitulo 53, em que ele fala do “Servo Sofredor”. Isaías faz uma descrição extremamente tocante daquele que viria para mudar a história. Creio que os primeiros ouvintes dessas profecias ficaram muito confusos com aquela descrição. Ainda hoje ficamos, porém, somos ajudados pelos Evangelhos a compreendê-la. Ela fala de um poder que se manifestaria na fraqueza, de uma vitória que viria das dores e da morte humilhante. O Messias da pena de Isaías não é grandioso, atraente, dominador. Ao contrário, Ele é um servo e um servo que sofre muito. Não teria beleza física para atrair a atenção e se dedicaria aos que são desprezados por todos. Ele não dá ordens, Ele as cumpre. É o Senhor, mas ninguém seria tão servo quanto Ele. O Messias não descansaria. Trabalha e sofreria por amor. Ninguém o compreenderia.

Mas seria Ele quem traria a benção do perdão, da cura e da libertação. Ele sofreria o castigo para pagar a conta e ofertar aos devedores à libertação da dívida e aos culpados a possibilidade de dormir em paz. A profecia de Isaías vem falando de juízo e de destruição até o capitulo 8, e então faz uma pausa e fala do Messias no 9. A impiedade estava dominando e as pessoas rejeitando o arrependimento. A destruição acabaria chegando. Havia injustiça por todo lado, dureza de coração e uma religiosidade falsa, rica em palavras, rica em festas e jejuns, rica em aparência, mas pobre em virtudes, sinceridade, humildade e submissão a Deus. As coisas não iam bem, de forma alguma. Mas a profecia traz esperança! Ela fala que Deus estava na história. Ele sempre esteve e sempre estará. Muitos só percebem a sua ausência de Deus, pois não conseguem ver um Deus que seja diferente de suas expectativas. Não o veem porque não o reconhecem.

O profeta no capítulo 9 anuncia que Deus vai intervir. Vai enviar o Messias. Mas há um problema: quem estava para chegar não era um guerreiro poderoso, mas um Menino. Não era eloquente no discurso, mas um Maravilhoso Conselheiro. Viria no Poder de Deus, mas um poder fundamentado no amor e não na força; no perdão e não na vingança! Seria reconhecido como o Pai Eterno, mas seria isso possível visto que se tratava de um ser humano, de um homem, de um servo? E, por fim, não viria para implantar um reino que se estabeleceria por meio de guerras, da aniquilação dos contrários, mas por meio da reconciliação. Ele viria como o Príncipe da Paz. Por isso os judeus não o reconheceram. Como compreender um Deus tão poderosamente fraco, que oferece vida eterna por meio da morte? O Natal está chegando mais uma vez. É desse Menino que o verdadeiro Natal fala. Não de Papai Noel, mas de Jesus! Ele veio para mudar nossa história! Já mudou a sua?

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