Mais que vencedores

“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8.36)

Os americanos têm o costume de afirmar que não existe almoço de graça (there’s no such thing as a free lunch – não existe essa coisa de almoço grátis). Essa é uma forma popular de alertar para o fato de que, na vida, sempre será necessário pagar algum preço. Alias a sede por vantagens espetaculares tem levado muitas pessoas a se tornarem vítimas de estelionatários. Diante de uma proposta tentadora, tendemos à cegueira, ignorando os pontos fracos que estão diante de nossos olhos e superestimando as vantagens que nos são apresentadas. A perspectiva cristã não nos chama para uma visão pessimista da vida, assim como também não incentiva uma visão ilusória. Ela é um convite à fé no impossível e à consciência do que nos é possível.

Mas a vida sem a presença de Deus e o temor a Ele, é enganadora. Jesus está nos alertando que, movidos pelo desejo de ganhar algo que nos pareça valioso, podemos comprometer quem somos, perder a nós mesmos ou comprometer aspectos de nossa vida que são fundamentais, mas que não percebemos. É assim que construímos nossa carreira e perdemos a família. Conquistamos bens materiais e fracassamos em manter nosso caráter. Ganhamos dinheiro e perdemos a saúde. Desfrutamos prazeres que destroem nosso valor. Qual a vantagem de se ganhar, mesmo que fosse o mundo inteiro, e perder a si mesmo?

Provérbios diz que “o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1.7). Temer a Deus é reconhecer Sua autoridade sobre nós e Seu lugar em nossa vida. Assim como reconhecemos a autoridade de um policial de transito que pode nos fazer parar, devemos reconhecer a autoridade de Deus para dar direção à nossa vida. E somente sob Sua liderança poderemos associar nossas conquistas materiais com conquistas relacionais, interiores e espirituais. Se ganhamos algo que nos faz perder quem somos, não estamos tendo lucro algum. Busque reorientar sua vida e anseios confiando na presença e poder de Deus. Em Cristo, e somente nele, é que somos vencedores. Mais que vencedores (Rm 8.37).

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