“Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes,fico pensando que a burrice é uma ciência”. Rui Barbosa (1849-1923) .
Neste inicio de 2013, em seguida aos recentes palanques pós-eleitorais, há uma expectativa natural e desejável em relação aos gestores que, investidos do poder, iniciam, ou reiniciam em alguns casos, as administrações no âmbito municipal.
Segundo provérbio popular “promessa é dívida”, ou seja a partir de agora haverá cobranças e mais cobranças, até porque de tão reiteradas durante a “campanha”, em diferentes mídias e momentos, elas passaram à condição de compromissos, esperança para novos tempos, expectativas pela solução de problemas e bem-estar do povo e este, certamente, não deixará de “exigir a liquidação da fatura”, o seu cumprimento!
Não se constitui novidade que da promessa à ação existe um longo e difícil caminho a ser percorrido por aquele que empenhou sua palavra, naturalmente le vando-se em conta a exiguidade dos meios para sua efetividade vez que os recursos não se encontram disponibilizados para tudo, no tempo e na quantidade necessários, o que requer engenho e arte na condução de quatro anos de governo.
Os de bom senso, formação técnica e um mínimo de moralidade que atuam na seara do planejamento público não pestanejam, em casos que tais, senão postulando que os escassos meios sejam empregados de forma estratégica e prioritária, o que significa eleger conscientemente as ações mais determinantes para o futuro, o progresso e a qualidade de vida das pessoas. Quem, por acaso, pensaria diferente?
As atividades (serviços, obras e investimentos outros) sob a responsabilidade do poder municipal crescem continuamente, enquanto as receitas se comportam de forma inelástica impondo ao gestor um rol de opções limitado, daí a observância do orçamento estratégico e, nele, escolhas das prioridades de maiores relevâncias para o amanhã municipal. Está aí, portanto a primeira das ações: O planejamento orçamentário estratégico municipal.
Na pauta das prioridades, e na ordem natural dos fatos sociais num país emergente de tantas carências, a Educação, como mola propulsora do desenvolvimento e da cidadania a longo prazo, deve ser concebida como a prioridade das prioridades, todavia não é o que se vê nos quatros cantos do Brasil. È, no entanto, ponto de honra a ser cultivado em benefício da cidadania como segunda ação!
(Continua na próxima edição.)