Madrid

Madrid

O que eu sabia da Espanha em 2015 quando fui lá? Que era um país colorido, e de emoções exuberantes. Certamente eu estava induzido pelos livros que li. A Espanha me parecia um país cuja história e costumes estavam sempre na vitrine do mundo, um país sem bastidores, apenas palco. Sofrer com sobriedade é para escandinavos, não para latinos. Uma visão estereotipada, reconheço, mas após ter conhecido Madrid, que já fui duas vezes, pude comprovar que eu não estava enganado. Impactado, assim me sentia sempre que entrava no Museu do Prado, os raios solares filtrados pela cúpula, criavam nuanças interessantes no mármore branco em que foi esculpido. Cidade do canto flamengo. Canto de história de viver, amar, e morrer. Estava frio, era janeiro, no museu do Prado, tive um daqueles breves momentos isolados de perfeição, com o quadro “Las Meninas de Velázquez”, passamos alguns preciosos momentos lá. Percebi estar feliz. Andamos pelas cales, com o olhar distraído, vendo as fachadas centenárias desfilarem sob a luz dos postes, os monumentos, as árvores, os transeuntes. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; que são como fogos de artifício, brilham e depois se apagam.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui