À noite, ouço o caminhão de lixo sacolejando na rua, apesar de morar no décimo primeiro andar. Penso na vida do motorista e dos coletores de lixo. Fazendo perícia, já fui ao aterro sanitário. Os caminhões de lixo depositam os resíduos a céu aberto.
Mas não existem sistemas de impermeabilização; o que existe, sim, é uma central que transforma o “chorume” — um tipo de resíduo resultante da decomposição orgânica do lixo —, que é incinerado. Essa queima do lixo é feita em fornos desenvolvidos especificamente para essa finalidade. Ao incinerar os resíduos, é gerado vapor. Este vapor movimenta as pás ligadas a uma turbina. Da combustão, é obtida a energia térmica, que posteriormente pode ser transformada em energia elétrica.
Os coletores de lixo da cidade correm riscos. Apesar de receberem insalubridade em grau máximo, deveriam receber adicional de periculosidade, já que muitos que despejam seus resíduos em sacos colocam vidros quebrados, que podem ferir esses trabalhadores.