Livres

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” (1 João 3.2)

Ainda não se manifestou o que havemos de ser… e, o que havemos de ser? Em parte isso depende da ação de Deus em nós. Em parte de nossas atitudes para conosco mesmos e diante da vida. A perspectiva bíblica não propõe uma existência sob a ditadura do determinismo divino. É certo que sem Ele não haveria a esperança que há. Mas também é certo que não devemos ser passivos, como se nada dependesse de nós, pois temos responsabilidades. O que Deus pretende para nós? Creio que muitas coisas. Algumas relacionadas ao que podemos fazer, mas, sobretudo relacionadas a quem estamos nos tornando, a quem viremos a ser.

Creio que uma das coisas que Deus pretende para nós é que sejamos mais livres. Que mais e mais libertação entre em nossa história. Creio que a vida de todos nós neste mundo de pecadores tem um alto potencial de deixar marcas negativas e dolorosas. De criar ilusões e de deixar a nossa caminhada difícil. Mentiras podem ser tomadas como verdades. Podemos nos sentir incapazes quando há tanta capacidade. Podemos nos perder de nós e não desenvolver amor próprio, algo tão fundamental para a vida. Ilusões podem ocupar o lugar de anseios saudáveis e possíveis. E tudo isso leva-nos a um desencontro de nós mesmos. Nem sabemos realmente quem somos! A vida sob essas condições pode ser considera de certa forma, uma vida sob a escravidão da escassez de vida.

Deus deseja nos libertar de tudo isso. Deseja nos levar à verdade sobre nós, sobre a vida, sobre Ele. A verdade sobre nós pode inclusive ser uma contradição a vontade dele, mas precisamos chegar a ela para poder ir a qualquer outro lugar. Ele deseja nos libertar dos apegos a dores e mágoas (pois às vezes é isso que fazemos: nos apegamos e ficamos amargos). Ele deseja nos libertar e já agiu a nosso favor, enviando-nos Jesus. Às vezes nos relacionamos com um deus que criamos ou que nos transmitiram e que não é, de fato, o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus. E em lugar de mais livres, somos mais escravizados. As libertações de Deus são indispensáveis para nós. Elas podem acontecer em processos muito humanos e também por meio de experiência completamente guiadas pelo divino. Deus quer e precisamos querer. É assim que poderemos avançar do rascunho que somos hoje, para a obra prima que Ele deseja que sejamos amanhã.

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