“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam
firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”
(Gálatas 5.1)
Os cristãos da Galácia foram alcançados pela graça e ela estava agindo em suas vidas. Pela fé em Cristo receberam o Espírito Santo como dádiva. Como pessoas livres poderiam amadurecer. Não existe maturidade sem liberdade. Escravos estão condenados, inclusive à imaturidade. Cristo nos faz livres e precisamos aprender a ser livres. Os crentes da Galácia precisavam. Mas religiosos judeus surgiram como um risco a isso, pois queriam que aqueles cristãos se submetessem a um conjunto os requisitos da Lei Mosaica como forma de realmente pertencerem a Deus. Como seguidores de Jesus, o amor a Deus e ao próximo deveria ser a bússola de suas ações, mas estavam sendo levados a pensar que o lugar, os ritos, os dias especiais e as convenções religiosas judaicas eram indispensáveis. O apóstolo Paulo não aceitou negociar.
Jesus Cristo é a verdadeira religião, cujo vocábulo latim, “religare”, significa religar. Jesus veio para nos levar de volta, nos religar a Deus. Ele declarou ser o único caminho para esse caminho de volta (Jo 14.6). E como? Pela graça, a dinâmica do favor imerecido. Ele pagou o preço completamente. Nada deixou em pendência (Cl 2.13-15). Por isso Paulo disse àqueles irmãos: “Vocês são livres, não devem nada! Não aceitem o caminho de volta à escravidão de quem pretende merecer o que Deus já lhes deu, gratuitamente. Permaneçam firmes na confiança do que Cristo fez por vocês.” Paulo os lembrou que o Filho de Deus nos amou e entregou-se por nós (Gl 2.20). Não ocupem-se de construir uma justiça própria. Dediquem-se ao amor e sirvam uns aos outros. Para os judaizantes isso era menos do que o necessário!
“Vocês foram libertos por Cristo! Vivam como pessoas livres!” Precisamos ouvir isso para que nossa religiosidade seja saudável quanto para que vivamos de forma digna a nova vida que recebemos do Filho de Deus. Alguns não conseguem perceber esse desafio. Julgam-se aperfeiçoados e pensam-se livres, mas demonstram o contrário pelo modo como querem sujeitar outros a si mesmos. Pelo modo como tão convictamente julgam e condenam. Deus nos amou e nos libertou em Cristo. Somos o filho mais novo que voltou para casa. Somos a mulher apanhada em adultério que ouviu: “Nem eu te condeno, vá e mude de vida”. Viver como livres é desafiador, mas somente os livres realmente estão na casa do Pai. Chega de medo, chega de ameaças. O Reino nos foi dado. Somos filhos amados de Deus. Graça!
ucs