“Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.” (Romanos 8.33)
Estamos de volta ao verso de ontem. E ficaremos nele ainda um pouco mais. Precisamos ficar livres de acusações. Paulo não está dizendo que não seriam feitas acusações! Sua pergunta neste verso é retórica! O que ele está dizendo é: se Deus nos justifica, qualquer acusação acabará no descrédito. Ele é a instância definitiva. Se nos liberta, somos livres. Mas satanás não é dado a respeitar princípios ou leis. Ele é transgressor por excelência. Ele é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44). Ele é chamado de “o acusador” que se atreve a acusar os filhos de Deus diante do próprio Deus (Ap 12.10).
Em nosso caso satanás não precisa inventar mentiras sobre erros, afirmando que fizemos o que não fizemos. Nós erramos muitas vezes. Cedemos a tentações e praticamos o que sabemos ser errado. Ele tem muitos fatos para usar contra nós. O que ele faz é tentar nos convencer de que não podemos pretender ser perdoados de verdade e nos sentir livres. Afinal, será possível que Deus vá perdoar e pronto? Deve ter alguma coisa errada! E então nos acusa, aponta nossa fraqueza, lança diante de nós nossa maldade. Ele promove o pior em nós e depois usa isso contra nós. Ele faz o que pode para tirar nossos olhos de Cristo e coloca-los em nossos erros.
Pois se olhamos para Cristo vemos os braços abertos de Deus. Ele graciosamente nos perdoa, por mais estranho que nos pareça. Mesmo quando pecamos os chamados “pecados conscientes” (tenho dificuldades em entender o que se quer realmente dizer com isso), ainda assim Ele nos perdoa – “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo o bastante para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9). Não precisamos e nem devemos aceitar acusações de satanás. Volte-se para Cristo. Olhe para a cruz, a do meio, a maior e mais pesada. Foi lá que Cristo sofreu pagando os pecados do mundo. E lá foram pagos os meus e os seus.