O quadro político pelo qual o Brasil está passando nos últimos anos, com a ação firme da Operação Lava Jato, foi parecido com o que a Itália viveu na década de 1990, quando a Operação Mãos Limpas colocou na cadeia diversos políticos do país europeu.
Trechos da entrevista
#Di Pietro afirmou que não cabe a ele julgar o papel e as atividades políticas de Lula, mas mandou um recado ao ex-presidente. “Todos devem obedecer à lei, mesmo aquelas que têm ou tiveram papéis importantes no país, até Lula”, afirmou o ex-promotor italiano.
Lula foi presidente do Brasil entre 2003 e 2010 e foi o responsável por alguns bons momentos de avanços sociais no Brasil. Por outro lado, desde o seu primeiro governo, o PT está mergulhado em esquemas de corrupção, que começou no “Mensalão” e chegou ao “Petrolão”, já com Dilma Rousseff na presidência.
O ex-promotor criticou também a inversão que há sempre que alguém muito importante é condenado pela Justiça. A opinião pública, mal influenciada, fica mais ao lado de quem foi condenado do que de quem condenou.
Moro, no Brasil, é um exemplo. Não são poucas as pessoas que o criticam.
Para alguns, a culpa da crise política é dele. Quando, na verdade, Moro é apenas o juiz federal que está julgando os casos envolvendo empresários e grandes nomes da política nacional.
Condenação de Lula
O ex-presidente foi condenado a nove anos e seis meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá. Para Di Pietro, se houve condenação é porque o Judiciário entendeu que havia provas suficientes contra Lula. O ex-promotor cita ainda que Lula pode recorrer da decisão. Caso o ex-presidente seja condenado em segunda instância, não poderá concorrer à Presidência da República nas eleições do ano que vem.
Futuro de Moro
Di Pietro fundou um partido político. Moro nunca comentou sobre o assunto, mas alguns, principalmente os críticos, dizem que o juiz federal será candidato em algum momento. Em pesquisa Datafolha que considerou o nome do juiz para a disputa, ele vencia Lula em um provável segundo turno. Sergio Moro.