Liberdade da necessidade

Liberdade da necessidade

Um homem é sempre vítima de suas verdades. Uma vez que as reconhece, não é capaz de se desfazer delas, precisa pagar um preço. E o preço que o povo palestino da faixa de Gaza está pagando é muito alto pelas verdades de uma minoria radical, já que a maioria dos dois milhões que ali vive quer viver em paz.

De acordo com dados abertos da CIA, o Hamas conta com 20 a 25 mil integrantes. Por uma minoria radical, quase dois milhões de seres humanos, estão passando pela angústia de existir, muito mais intolerável que o medo de morrer sozinhos, como alvos indefesos, esperando para serem abatidos.

A luz que se infiltra através das suas pálpebras, são os clarões das bombas. Se, eu aqui, no conforto do meu lar, quisesse transmitir estes sentimentos em palavras, seria o quadro “O Grito”, do norueguês Edvard Munch. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero, e este quadro para quem tem o coração estoico seria o de Sêneca “Sofre mais que o necessário quem sofre antes de ser necessário”. Não controlamos o conflito, mas temos domínio sobre nossas escolhas. Coragem e compaixão no lugar de emoções negativas.

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