Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou lhe três, Vendido! Bateu o martelo o leiloeiro Eder Batista Regis. O gesto foi repetido centenas de vezes, na última sexta-feira (21), durante o Leilão do Estado número 04/2016, que arrecadou R$ 1,88 milhão com a venda de bens públicos. Ao todo foram leiloados 298 lotes, compostos por centenas de itens como móveis, veículos, máquinas e aparelhos pertencentes a órgãos públicos que foram extintos ou que estão em processo de extinção.
Organizado pela Secretaria da Administração do Estado (Saeb), O leilão arrecadou mais do que o dobro do esperado, já que os bens foram avaliados pelo Estado em R$ 841 mil. O secretário da administração, Edelvino Góes, salientou a importância de o Estado converter ativos em recursos para o tesouro, vendendo bens públicos que estavam sem uso. “Em um período com tantas dificuldades econômicas em decorrência da queda de arrecadação tributária, o leilão aproveita bens públicos que estavam inservíveis e transforma em recursos importantes para o Estado”, explicou.
Os bens leiloados pertenciam a órgãos públicos que foram extintos na reforma administrativa realizada no início da atual gestão, a exemplo do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba) e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Depois que os órgãos são extintos, o patrimônio deles é colocado à disposição para ser reaproveitado por outros órgãos do Estado. Caso não haja interesse, os bens são levados a leilão.
O leilão foi realizado no Real Classic Bahia Hotel, no bairro da Pituba, conduzido pelo leiloeiro Eder Batista Regis, designado conforme listagem fornecida pela Junta Comercial do Estado da Bahia. A procura do público foi boa, com a presença de cerca de 200 interessados em adquirir lotes. Os participantes tiveram de preencher uma ficha na abertura da sessão, apresentando comprovante de residência, cópias dos documentos de identidade, CPF, ou cartão do CNPJ, no caso de empresa.
Compareceram representantes de empresas, comerciantes, pessoas físicas e até interessados de outros estados (Alagoas, Pernambuco e Alagoas). A maior parte entre os presentes compra produtos para revender, como é o caso do microempresário Raimundo Gomes da Silva, que freqüenta os leilões do Estado há cerca de 30 anos. Ele adquiri as mercadorias para abastecer a pequena loja que possui em Feira de Santana. “Os leilões são como um centro de abastecimento para minha loja, tudo o que vendo no meu estabelecimento eu compro nos leilões, não compro nada em outros fornecedores”, declarou.
Já o comerciante Ekson Maia costuma adquirir móveis para escritório e outros itens nos leilões para vender no varejo. Frequentador de leilões há 15 anos, Maia revelou que atualmente acompanha a realização dos leilões com ajuda da internet. “Hoje em dia é muito mais fácil, eu vejo pela internet o leilão que possui produtos que me interessam. Antigamente era muito complicado, nós tínhamos que ficar olhando o Diário Oficial do Estado todo dia para saber sobre um leilão”, explicou.
Os arrematantes efetuaram o pagamento mínimo 20% sobre o valor total do bem, no ato do leilão. Os 80% restante são pagos no prazo máximo de dois dias úteis. Os vencedores também pagam a comissão de 5% sobre o valor do bem arrematado para o leiloeiro.
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Administração do Estado da Bahia | Saeb