A partir da próxima quarta-feira (21/6), o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, poderá proferir a qualquer momento sua sentença no processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é réu acusado de ter recebido propina por conta de três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. Entre os favores prestados a Lula estaria um apartamento tríplex no Guarujá (SP).
Ao apresentar suas alegações finais no fim da noite de 2 de junho, o Ministério Público Federal (MPF) disse que o ex-presidente praticou, por três vezes, o delito de corrupção passiva e, em outras 64 oportunidades, o de lavagem de capital. Por isso, eles pediram a condenação de Lula à prisão, com cumprimento da pena em regime fechado. Além disso, os procuradores sugeriram o pagamento de mais de R$ 87,6 milhões em multa.
Os procuradores fizeram um documento com 334 páginas para explicar por que chegaram a esta conclusão. Além de Lula, também são réus nesta ação o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além de quatro ex-funcionários da OAS.