“O café da manhã dos Laticínios Davaca é tradicional, é um momento de confraternização, quando a gente tem para encontrar com nossos produtores, nossos amigos”, assim resume Lutz Viana, diretor executivo da maior empresa nordestina no setor.
Localizado na pequena Ibirapuã, os Laticínios Davaca, fundado em 1992, que processava cerca de 2,6 mil litros de leite por dia, emprega, hoje, mais de 700 pessoas, processa mais de 500 mil litros de leite e tem 52 produtos em seu portfólio, estando nas mesmas de todo o país.
Todo o sucesso da empresa se deve, dentre outras razões, pela valorização do produtor, por isso, o Café da manhã com produtor acontece desde a década de 90, sendo uma data tão importante quanto o Natal, por exemplo, para a Família Davaca. E este ano o tão esperado momento ocorreu na quarta-feira, 20 de junho, na sede da empresa em Ibirapuã.
Entre produtores, colaboradores e amigos, estavam presentes mais de mil pessoas das cidades de Teófilo Otoni, Carlos Chagas, Águas Formosas, Machacalis, Teixeira de Freitas, Medeiros Neto, Eunápolis, Potiraguá, Itapetinga, do nordeste de Minas até o sul do oeste da Bahia, segundo o empresário Lutz Viana, todos para o “momento de confraternizar, conversar, atualizar as coisas, firmar a relação de amizade entre a indústria e nossos produtores”.
Lutz Viana que também é presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), comentou que, após o setor superar as dificuldades que o período de secas trouxe, o momento é bom. “A seca está superada, e 2017 teve regularidade maior na chuva, 2017/18 houve regularidade maior na chuva, 2018, sem dúvida nenhuma, a produção aumentou bastante, os preços estão equilibrados com tendência de alta no produto leite, mas, a renda do produtor melhorou com a volta da normalização das chuvas, nós precisamos ainda de normalizar o consumo, porque o país tem dificuldades de desemprego”, comentou Lutz, para quem a economia do País dá sinais de melhoras, sendo o desemprego o maior problema.
O Laticínios Davaca está sempre em evolução, por isso, sempre fazendo novos investimentos, “porque nos somos uma indústria que deixamos de ser regional, somos, hoje, nacional”. Mas, ainda, assim, Lutz detalha a preocupação da empresa com o Extremo Sul: “Temos quase 3.000 fornecedores de leite, esse pessoal que está no campo, investindo, trabalhando, aumentando a produção, e a gente tem que estar atento a isso, e em função disso vamos inaugurar agora em novembro a fábrica de soro em pó, que é um investimento de R$ 35 milhões. Que é pra dar continuidade com o aumento da produção no campo, é a nossa função, é comprar matéria-prima, industrializar, fazer recursos pra nossa região, para pagar nossos produtores, nossos impostos, nossos funcionários, e, com isso, promover o desenvolvimento da região em que nós atuamos”.
Questionado sobre sua permanência no interior mesmo apôs toda ascensão econômica obtida com o sucesso do Davaca, Lutz foi enfático ao dizer por que eu sou daqui, minha família é daqui, e todos que eu gosto estão aqui. O empresário afirma, com simplicidade, que vai, faz negócio fora e retorna porque, aqui, no Extremo Sul da Bahia, é o seu lugar, e exemplifica que, caso o tradicional café da manhã fosse realizado em uma metrópole, como Salvador, seria possível, sim, ver muitas pessoas, talvez até mais que o número reunido em Ibirapuã, mas, certamente, veríamos menos amigos.
A diretora comercial do Laticínios Davaca, Nívea Chácara, disse que o café da manhã do produtor é “um momento de confraternização entre o laticínio e o seu produtor, que sem ele isso aqui não seria possível”. Ela detalha a importância do produtor para os negócios da Davaca afirmando “que sem ele você poderia ter toda uma estrutura, poderia gastar o necessário, mas, se não tivesse matéria-prima nós não seríamos nada, então é a partir do produtor que tudo começa”.
Nívea comenta que embora muito se fale atualmente em crise no país, o Laticínios Davaca vive um bom momento. “Apesar de a todo o momento se falar em crise, a gente entende que a laticínios Davaca vem se solidificando cada dia mais. Estamos com uma obra de mais de 35 milhões de reais, que a fábrica de soro, que até setembro deve estar pronta pra funcionamento, então, a empresa vive um momento especial”, finalizou a diretora comercial.