O La Torre Resort de Porto Seguro-BA está realizando um Curso de Libras para seus colaboradores para melhorar a comunicação com seus hóspedes e funcionários deficientes auditivos. O curso foi idealizado pela analista de RH do La Torre, Morgana Silva, “a fim de termos mais ações de inclusões, além das vagas destinadas aos PCD’s (Pessoas com Deficiência)”, afirmou ela e as aulas são ministradas por um colaborador do RH do resort, Sylvio Toffetti Neto, que é deficiente auditivo e utiliza, diariamente, a Libras para se comunicar.
De acordo com Morgana a experiência prática foi determinante na decisão de organizar o curso, “decidimos depois de perceber a dificuldade de nos comunicarmos em Libras com um de nossos colaboradores do RH, que hoje está sendo o professor do curso”. A ideia foi logo aceita pela diretoria do empreendimento baiano, “A inclusão e a acessibilidade são bandeiras do La Torre, seja para os hóspedes e seja para nossa equipe, e o curso de Libras abre horizontes fantásticos”, ressaltou o diretor geral do Grupo La Torre, Luigi Rotunno.
No ano de 2002, por meio da Lei nº 10.436, a Constituição Brasileira reconheceu a Lingua Brasileira de Sinais, ou Libras. A linguagem de comunicação com pessoas portadoras de deficiência auditiva foi um grande avanço na inclusão. Aprender Libras tornou-se, então, cada vez mais importante para a sociedade. O último censo realizado pelo IBGE no Brasil, em 2010, apontou que aproximadamente 9,7 milhões de pessoas no País são deficientes auditivos – entre elas – 2.147.336 têm perda severa da audição – , e, para esta parcela da população, a Libras é fundamental para um convívio cada vez mais acessível na sociedade.
De acordo com um estudo da Faculdade Unyleya, os motivos importantes para aprender Libras são inúmeros, entre eles: permitir acessibilidade e inclusão; conviver com deficientes auditivos; destacar-se profissionalmente; possibilitar a integração no âmbito educacional ; comunicar-se de forma melhor e mais ampla; melhorar a capacidade de raciocínio; compreender e erradicar o audismo, o preconceito com as pessoas que têm menor ou nenhuma capacidade de compreender mensagens e manter uma comunicação por meio de sons.
A Libras pode ter sua função inclusiva potencializada se a sociedade como um todo tiver consciência da importância de aprender essa língua. Ela é o segundo idioma oficial do Brasil e, cada vez mais, tem sido vista como um aprendizado valioso para a população. Se apenas os deficientes auditivos souberem Libras, sua capacidade de se comunicar fica comprometida. Como eles conseguirão atingir a população toda se só uma parcela pequena é capaz de entendê-los? Questiona o estudo.
Para o Grupo La Torre, o curso de Libras é mais um passo rumo à inclusão e acessibilidade, uma vez que não há barreiras arquitetônicas no empreendimento baiano. “Além da otimização nas ações de inclusão, também possibilitamos que os colaboradores se capacitem em outra língua, melhorando ainda mais as experiências dos nossos hóspedes”, finalizou Morgana . O curso tem uma aula por semana, às quartas-feiras, e é ministrado no Espaço de Treinamento La Torre.