“Que diremos, então? Os gentios, que não buscavam justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou.” (Romanos 9.30-31)
Ao escrever “Que diremos então?”, Paulo está escrevendo uma conclusão: “O que estou dizendo é o seguinte”. E então afirma que diante de Deus os justos, ou seja, aqueles que podem estar diante de Deus, não são os que tentam por si mesmos viver os padrões expressos na lei de Deus. Pois esse esforço não produz justificação! Tentando esse caminho os judeus permaneceram em seus pecados. Deus não se ilude com aparências e nem com retidão momentânea. Ele vê muito mais profundamente. Ele sabe o transgressor que habita cada um de nós! E a lei não muda isso. Apenas revela isso mais claramente.
Os justos são feitos justos sem que possam conquistar essa justiça por esforços próprios. Paulo usa a figura dos gentios (não judeus) para ilustrar isso. Sem apego à lei que muitos judeus viam como imprescindível para chegar a Deus, os gentios estavam crendo em Cristo, recebendo o perdão sem merecer e crendo que eram, em Cristo, filhos amados de Deus. Pela fé estavam sendo redimidos e pela misericórdia, obtendo justificação. O que Paulo ilustra vai muito além de ser judeu ou gentio. Ele está falando de verdades espirituais, do modo como cremos e nos relacionamos com Deus e com a vida.
Agir corretamente não nos faz filhos de Deus. Pelo simples fato de que assim como acertamos hoje, erramos amanhã! Nossa justiça própria é uma gangorra, alternando beleza e feiura. Somos pecadores. Agir corretamente é um dever de todos, principalmente dos filhos de Deus. A essência da vida cristã não é agir corretamente, é crer no Filho de Deus e pelo Seu poder nos tornar quem Deus deseja que sejamos. “Obras” não geram filhos de Deus. Os filhos de Deus se revelam pelas “obras”, mas são gerados pela fé. Fé no Filho de Deus! Onde está sua fé? Como estão suas obras?