A Secretaria Municipal de Mucuri, a partir do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), promoveu durante todo mês de julho, palestras, reuniões, orientações sobre as hepatites virais, realizou exames para a detecção, alertou para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites virais. As ações em empresas, auditórios, farmácias e unidades de saúde marcaram o “Julho Amarelo”, mês de prevenção e conscientização sobre a doença.
Conforme a coordenadora do CTA da Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri, Sara Teles, as infecções causadas pelos vírus B ou C nem sempre apresentam sintomas e podem se tornar crônicas, comprometendo o fígado, sendo causa de fibrose avançada, cirrose e podendo levar ao desenvolvimento de câncer e da necessidade de transplante do órgão.
O diagnóstico precoce contribui para o acesso ao tratamento, com possibilidade de cura, além da melhoria da qualidade de vida dos pacientes e da redução dos riscos de transmissão involuntária. “É fundamental que, pelo menos uma vez na vida, as pessoas façam o teste. Não se pode esperar os sintomas para fazer o teste”, alertou Sara Teles.
O secretário Municipal de Saúde de Mucuri, Fernando Jardim, explica que a campanha do “Julho Amarelo” teve a finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Que no caso específico das hepatites virais, são o objeto da campanha “Julho Amarelo”, as quais são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.
O secretário Fernando Jardim destaca que a vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura. E é essencial usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê.
– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.
– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.
– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, no entanto, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.