No dia 27 de novembro de 2014 os projetos de vida de uma adolescente de 15 anos, serva de Deus, integrante assídua de grupos de oração e de coreografia, foram interrompidos de maneira violenta por Ismael de Jesus Morais, que, na época, tinha 27 anos.
A última vez que Maria Aparecida viu sua filha Cassiane Lima viva foi às 6h da manhã da quinta-feira, 27/11/14, quando a deixou em casa e foi trabalhar. Lá, o vizinho, Ismael, teria adentrado à residência, violentado, matado e, depois, enterrado o corpo numa cova rasa em meio a uma plantação de eucalipto em Alcobaça. Mas, somente no dia 2 de dezembro que Ismael foi descoberto, após um fio de cabelo da menor ter sido encontrado no porta-malas de seu carro.
Hoje, segunda-feira (4/12), 3 anos depois, ele está no banco dos réus, sendo julgado por essa barbárie, e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, podendo a pena ser aumentada ser for considerado homicídio qualificado com concurso material em ocultação de cadáver. Ismael tem se mantido de cabeça baixo durante o julgamento.
O julgamento de Ismael começou pouco antes das 9h da manhã, na Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Teixeira de Freitas, sendo presidido pelo juiz Argenildo Fernandes. A frente da acusação está o promotor do Ministério Público, Gilberto Ribeiro Campos, e seu assistente, o advogado Leandro Murça. Ismael conta com o defensor público Hamilton Souza de Almeida. O júri é composto por sete pessoas, das quais cinco são mulheres.
Familiares e amigos de Cassiane Lima, estudantes de direito e do Colégio Rui Barbosa, aonde a adolescente estudava, assistem ao julgamento, que tem cobertura da imprensa regional.
O juiz Argenildo Fernandes, após sortear o júri, ouviu Manoel Garrido, perito criminal, coordenador do Departamento Regional de Polícia Técnica, que realizou o procedimento pericial, junto a cova rasa, onde o corpo fora localizado.
O julgamento deve seguir durante todo o dia. A qualquer momento, mais informações.