A Polícia Militar foi chamada para apartar a confusão e, mesmo com bombas de efeito moral, demorou quase uma hora para controlar os internos
Uma briga entre gangues envolvendo 100 internos do Conjunto Penal de Itabuna, sul da Bahia, deixou um preso morto e outros quatro feridos. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a confusão teve início por volta das 12h10 e ainda não se sabe o motivo da disputa.
Os agentes da unidade perceberam a movimentação dos internos e acionaram o 15º Batalhão de Polícia Militar para auxiliar no controle dos detentos. A confusão foi ainda maior porque muitos dos presos estavam em suas celas exigindo que fossem libertados para participar da briga generalizada. Segundo a Seap, o pavilhão em que o fato ocorreu abriga cerca de 600 homens.
A Polícia Militar tentou separar os membros das duas gangues com bombas de efeito moral mas, ainda assim, demorou mais de 50 minutos para conseguir controlar a situação. Na briga, os detentos danificaram portas e cadeados do Conjunto Penal.
Cinco detentos precisaram ser removidos do local por unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foram encaminhados para o Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães. Lá, o detento Roberto Santos da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu. Fábio Pereira da Silva, Jabes Ribeiro Santos, Rosinaldo Ferreira Cardoso, Juramilson Silva dos Santos ainda estão internados.
Controlada a briga, a Polícia Militar encontrou facas artesanais que foram feitas pelos próprios detentos e utilizadas na briga para ferir os rivais. Alguns presos foram encaminhados para a delegacia do município, que irá investigar a motivação do crime e indiciar os responsáveis. Eles podem ser novamente julgados e, se condenados, terão o novo processo aumentado às penas que já cumprem na unidade.
A Seap informa ainda que alguns presos chegaram a ser transferidos do Conjunto Penal de Itabuna nesta última semana, mas afirma que não há relação entre o duelo das facções e a saída de detentos. A Secretaria também informa que, por enquanto, ainda não há um plano para novas transferências como forma de punição e de evitar novas brigas.
Até às 18h deste sábado, o delegado Evy Silva Paternostro, da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, que atende ao município, ainda mantinha duas equipes táticas no local: uma especializada em crimes contra a vida e a outra em operações especiais.
Fonte: Correio