Itabela: Setor avalia crise no universo do Café Conilon e fala de suas esperanças para 2016

No dia 26 de fevereiro em Itabela, no viveiro S. Francisco, foi realizada uma avaliação sobre a produção do café conilon em 2015 e as dificuldades que os produtores estão enfrentando nesse início de 2016. Na ocasião, a reportagem do O Sollo falou com o produtor rural Ednardo de Moraes Oliveira sobre essa produção em 2016, em comparação com 2015.

Para Ednardo, esse é um momento de avaliação: “as primeiras estimativas de safra, antes da seca, era de que teríamos uma boa produção esse ano. As adversidades climáticas, algumas pragas e outros problemas vão trazer como consequência uma queda de produção.” Sobre a queda de produção, Ednardo explica que ela ainda está sendo avaliada: “muitos cafés estão com as cargas pendentes em algumas regiões baixas porque o grão não foi bem formado. Em outras áreas, aparentemente, o grão parece normal, mas só o início da colheita vai mostrar se isso é verdade, se a quebra vai ser tão grande como se está esperando.”

Moraes fala sobre o efeito cumulativo da quebra e da influência negativa da seca na produção: “Há lugares em que a seca castigou por 4 meses. Isso determina uma quebra na safra atual e na próxima, pois haverá má formação de grãos no futuro. Esperamos com ansiedade o início da colheita para saber a extensão da quebra.”

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Ednardo analisa que, em 2015, além da estiagem, a crise econômica sangrou o produtor: “a crise, até mais que a seca, prejudicou uma atividade que depende de incentivos. Esse ano, não temos como prever a superação dessa crise a curto prazo. A nossa festa cresceu bastante e já estamos trabalhando nela para 2016, para renovar a Festa do Café e engrandecê-la.

Há uma equipe montada, o Sindicato está trabalhando e tem credibilidade reconhecida e vem procurando buscar, juntamente com os parceiros, a realização de uma festa significativa. Esperamos que o setor público venha participar, por ser um forte parceiro.

A festa do Sindicato é uma festa do município, festa que se tornou regional e que envolve diversos setores além da cadeia produtiva. Só não haverá a festa se for constatada a impossibilidade total de sua realização, dado ao momento de crise. A expectativa é de realização da festa.” Moraes finaliza, acenando com as esperanças do setor: “somos um setor produtivo, que se mantém ativo apesar da crise e esperamos que o clima melhores, que a crise amaine, que o cenário político melhore, trazendo de volta a autoestima da população. O setor é forte e não desanima”, reiterou.

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