Não considero uma viagem o cumprimento de um roteiro, assinalar as atrações como se vê-las fosse conhecê-las. Gosto de ir a um restaurante, sentir a familiaridade de um lugar que havia pouco me era estranho, como se assim estivesse me apropriando do que nunca será meu. Gosto de me sentir confortável na intimidade sutil, frágil, que então se instaura, é assim que posso dizer que passo a conhecer os lugares, justamente nos intervalos e brechas entre o que se costuma chamar de pontos turísticos, pedras por onde o rio da viagem passa.
No nosso segundo dia, paramos para almoçar em um restaurante tipicamente turco,
seguimos para a entrada do restaurante, dirigimo-nos ao salão das refeições, somos recebidos com um sorriso, no que pretendem ser boas-vindas. Tento me comunicar através de gestos, queremos comer, ela responde em turco e nos aponta uma mesa no salão grande. Sentamo-nos. Continuo observando a mulher quando ela volta com o cardápio em turco que tentamos desvendar. Enfim fazemos o pedido, kebab que é um prato típico da Turquia, mas talvez o seu prato mais famoso mundialmente. Contudo, é importante saber que na Turquia existem diversos tipos de kebab. O que o prato precisa ter para receber o nome é a carne (em sua maioria assada, no espeto). Essa carne pode ser bovina, cordeiro ou frango. Gostei muito do kebab de frango, seguimos vivendo esta experiência incrível sendo a cidade de Istambul.