Órgão de polícia internacional irá auxiliar a PF e Marinha
O óleo que atinge o litoral do Nordeste vai começar a ser investigado pela Interpol, uma organização internacional de polícia criminal. De acordo com o colunista Lauro Jardim, a instituição irá auxiliar a Marinha e a Polícia Federal.
A investigação começa a se tornar internacional semanas após testes da Marinha e da UFBA mostrarem que o óleo encontrado nas praias foi produzido na Venezuela. Barris da holandesa Shell também foram encontrados em prais nordestinas.
Na Bahia, já são cerca de 900 toneladas de óleo retidas em um esforço conjunto do estado, federação, municípios e voluntários. As primeiras praias afetadas no estado estão no Litoral Norte, onde os resíduos chegaram após passar pela costa sergipana.
Em Salvador, o óleo alcançou a costa na noite do dia 10 de outubro em forma de pequenas pelotas. Entretanto, o resíduo chegou em grande quantidade na última quinta-feira (16). Só nas praias da Pituba e do Jardim dos Namorados foram retiradas 15 toneladas de petróleo cru no dia que os resíduos chegaram. Na capital, o óleo também atingiu a Praia do Farol da Barra.
Segundo a Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), as praias atingidas até o momento foram: Ipitanga, Praia do Flamengo, Stella Maris, Itapuã, Piatã, Placaford, Patamares, Boca do Rio, Jardim de Alah, Jardim dos Namorados, Pituba, Amaralina, Ondina, Cristo e Farol da Barra.
O Ibama traz um número menor, de 10 praias oleadas em Salvador.
Veja o que fazer caso encontre manchas de óleo:
1) Evite ir à praia, nadar ou praticar esportes aquáticos nas regiões afetadas;
2) Se encontrar algum animal ferido ou em contato com óleo, ligue para Polícia Ambiental (190) ou Guarda Civil Municipal (3202-5312);
3) Agentes de limpeza da Prefeitura estão de plantão 24h em todas as praias de Salvador. Disque 156 para acionar o serviço;
4) Em caso de reação alérgica ao toque ou ingestão do óleo, procure uma unidade básica de saúde.
Operação na capital
A Limpurb conta com uma equipe de 75 agentes de operações especiais, mais dois agentes de coleta, em regime de plantão 24h, realizando o monitoramento de todas as praias de Salvador. Três caminhões e um munck (veículo com guindaste) estão à disposição para auxiliar na operação.
Para a retirada do material, as equipes seguem o protocolo determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sendo o resíduo coletado com um equipamento chamado ancinho, uma espécie de vassoura metálica, depois colocado em recipiente plástico para armazenamento temporário, com impermeabilização de solo, e posterior encaminhamento para unidade de análise e tratamento do material, de responsabilidade do Instituto.
Informações: Correio