Os acusados permanecem internados e custodiados na unidade devido aos ferimentos
Dois homens acusados de atear fogo em um ônibus na manhã sexta-feira, 9, foram autuados neste sábado (10) na cidade de Alcobaça. Segundo informações da TV Santa Cruz, Ademir Félix Soares e Diego dos Santos Soares receberam voz de prisão em flagrante no Hospital São Bernardo através de policiais militares.
Os acusados permanecem internados e custodiados na unidade devido aos ferimentos. Na casa de Ademir, a polícia apreendeu uma arma de fabricação caseira e no imóvel de outros parentes mais duas armas também artesanais além de quatro motosserras.
De acordo com os acusados, uma terceira pessoa identificada como Elivelton dos Santos Silva, 21 anos, estaria envolvido na ação criminosa. Elivelton foi encaminhado para o Hospital de Caravelas e em seguida transferido para o Hospital Teixeira de Freitas no mesmo dia do ocorrido.
Hoje, o suspeito permanece internado em um hospital do Espírito Santo devido a gravidade das queimaduras que atingiram 90% do corpo. A delegacia da cidade investiga o caso.
Ação criminosa
Os três veículos que foram incendiados na noite da quinta-feira (9) no sul do estado foram queimados em represália a uma ação policial na região. Segundo informações da TV Bahia, participaram da ação 32 homens armados e encapuzados.
O microônibus, que pertencia a uma empresa de celulose, foi queimado na BR-418, próximo ao distrito de Juerana, em Caravelas. Os bandidos, com os rostos escondidos, cercaram o ônibus, mandaram os passageiros descer e atearam fogo no veículo. Um dos bandidos sofreu queimaduras de terceiro grau durante a ação, tendo 90% do corpo queimado. Ele está em estado grave de saúde.
Outro suspeito também se queimou na ação que destruiu uma carreta também na BR-418, dessa vez em Aparaju, em Alcobaça – trator queimado estava na carroceria do veículo. A polícia acredita que os bandidos agiram em represália a uma operação de combate à extração ilegal de carvão na região.
A Operação Cruzeiro do Sul foi realizada na última quarta-feira (7) pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelas polícias Civil e Rodoviária Federal. Doze pessoas foram presas, incluindo um policial civil, e mais de mil fornos ilegais de carvoaria foram destruídos.
Fonte: Correio da Bahia