Uma operação especial do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), realizada em todo o estado, está em busca de um brinquedo pirata chamado ‘cavalinho chinês’, que quase levou à morte um bebê de 11 meses, em São Paulo. A criança ingeriu três baterias, do tipo botão, presentes no produto. Com o episódio, o Inmetro deflagrou fiscalização intensa em todo o país, por meio dos órgãos delegados, como é o caso do Ibametro para o estado da Bahia.
Desde fevereiro, quando iniciou a operação, o Ibametro retirou do mercado 106 cavalinhos, sendo que 66 estavam sendo vendidos em Feira de Santana. No município, localizado a 108 quilômetros de Salvador, os produtos foram encontrados em lojas próximas ao grande comércio popular Feiraguai. Também foram coletados 30 cavalinhos chineses na cidade de Entre Rios e 10 em Nazaré.
“Todas essas empresas foram notificadas. E toda a cadeia será penalizada, incluindo fabricante, comerciante e importador. Continuamos com operação intensa por toda a Bahia para retirar demais brinquedos do mercado”, destaca o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal.
A multa para cada um dos infratores pode chegar a R$ 1,5 milhão, após julgamento do processo administrativo pelo órgão. O Ibametro realiza a fiscalização em todo o território baiano, por meio das oito agências regionais, sediadas nos principais municípios do estado. O Ibametro é também uma autarquia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE).
Perigo de morte
Segundo Randerson Leal, há duas formas de uma criança ser levada à morte ingerindo a bateria tipo botão. “Uma delas é morrer engasgada e a outra é ter seu organismo contaminado pelos metais pesados presentes na composição desse tipo de bateria. Esses componentes químicos podem vazar no organismo da criança, desencadeando uma reação química letal. A criança paulista teve a sorte de a mãe ter percebido a ingestão das baterias, conseguindo extrair duas delas ainda na boca do bebê e a terceira foi expelida nas fezes”, explica o diretor-geral do Ibametro.
As baterias usadas no brinquedo que provocou o acidente ficam inseridas em uma peça que atrai a atenção das crianças porque emite luz e som. De acordo com o instituto, o perigo está no fato de que tanto esta peça quanto as baterias são fáceis de remover até mesmo por crianças pequenas. O cavalinho é todo de borracha. Há também brinquedos similares em outros formatos, como motocicletas.
FONTE: SECOM/BA