Nas aldeias, os homens batem nas mulheres, dizem uma mulher não é igual a seu marido, ela pertence a ele. É sua propriedade, sua escrava. Deve dobrar-se à sua vontade. O homem, se tivesse que escolher, seguramente, preferiria salvar a sua vaca, que é sagrada na Índia, em vez da esposa.
A cultura patriarcal e machista é apontada como o principal fator de violência contra a mulher na Índia. Segundo dados do governo indiano, em 2011 foram registrados 24.206 estupros no país, um número 9,2% maior que no ano anterior.
Mais da metade das mulheres indianas com idade entre 15 e 49 anos acreditam que o homem tem direito de bater na esposa se ela discutir, sair de casa sem avisar ou desrespeitar os sogros, por exemplo. Então, penso que quando o PIB se expandiu a uma taxa anual de 7,8% entre abril e junho, a maior alta em quatro trimestres. Esse resultado manteve a Índia como a grande economia mundial com crescimento mais rápido. Mas não vejo vitória, a Índia não se resume ao PIB e sua velocidade de crescimento, não mostra o sofrimento de tantas mulheres, esta ignorância milenar é algo muito além do PIB.