“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.” (João 4.23)
Há dois dias atrás rememoramos a independência do Brasil. Dia tão importante da nação que recebeu data marcada como feriado no calendário nacional. Em tese, o Brasil se tornou um país livre e “dono do próprio nariz”, podendo agir conforme compreendia que estava dando os melhores passos em seu próprio caminho. Isso foi uma verdade? Cabe uma discussão sobre isso. O texto de hoje nos mostra uma situação parecida, mas não de uma nação específica, e sim de uma pessoa. Uma pessoa em certo aspecto independente, mas com uma independência que não a fazia ser alguém encontrada na vida.
Jesus encontra essa mulher em uma situação marginalizada – o fato dela buscar água no poço naquele horário revela que ela não estava inserida no grupo comunitário – e a provoca de forma que ela abre o coração com algumas questões interiores que a tornavam dependente da perdição dela mesma. Independência e dependência tão próximas, mas ambas não contribuíam para que ela fosse livre. A dúvida dela de onde Deus seria adorado é oportunidade para que Jesus a ensine algo importantíssimo sobre quem é Deus.
Não é um lugar que é importante. É uma pessoa. É o Pai. É Aquele que adota e tornam filhos legítimos os alcançados por Seu amor. Amor que ensina que a independência de Deus é morte, pois é uma vida de mentira; mas é dependência que ensina a sermos seres livres e que por isso nos tornamos adoradores d’Ele. Aquela mulher aprendeu que ela poderia colocar a dependência dela em alguém que a compreendia e a amava muito, e isso a colocou de volta em contato com sua essência. Ela então se tornou interdependente de um povo e foi voz para que eles também fossem alcançados. Agora sim, a dependência, a independência e a interdependência estão funcionando em plena harmonia e saúde, pois o axioma onde elas precisavam estar foi restaurado. Que essa restauração venha sobre nós e nos torne pessoas livres em uma nação livre que reconhece o Pai como esse lugar de vida.