‘Incra não tem fiscalização para descobrir ilegalidade’

Segundo o comentarista, o mais importante é que o beneficiado com o lote tenha vocação para a agricultura. Ele tem que ter vocação.

Alexandre Garcia comentou sobre os lotes do Incra que são comprados irregularmente. Quem compra lote que deveria ser destinado à reforma agrária tem convicção de que é baixo o risco de perder o lote, pois o Incra não tem fiscalização suficiente para descobrir a ilegalidade e vai levar décadas na Justiça para a devolução ser discutida; ou então, ele confia em algum esquema de propina. Além disso, há uma outra questão: a terra tem que ter vocação para a agricultura. A região da Bahia, por exemplo, deveria interessar ao Ministério da Reforma Agrária ou Ministério de Turismo?

Além da terra própria, o agricultor também precisa gostar da terra. O bom agricultor, ele perde dinheiro, mas fica na terra até o fim da vida. O mais importante é que o beneficiado com o lote tenha vocação para a agricultura. Ele tem que ter vocação. E quem tem é um ser especial. Ele gosta de cantar, ama a terra e não vai se desfazer dela. Características que, segundo Alexandre Garcia, podem ser identificadas pelo aperto de mão.

Alexandre contou que Aureliano Chavez enquanto governador de Minas Gerais, doou 500 lotes perto da divisa com o Espírito Santo. Passados dez anos, já como vice-presidente da República, ele teve curiosidade de saber como estava o projeto. Havia apenas dois donos, que foram comprando dos demais e eram os únicos que tinham vocação para isso.


Fonte: Alexnadre Garcia / Bom Dia Brasil

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