Inadimplência do consumidor fecha primeiro bimestre com alta, mas já revela sinais de acomodação

Inadimplência do consumidor fecha primeiro bimestre com alta, mas já revela sinais de acomodação
Foto ilustrativa
O crescimento de 25,4% no período acumulado é o maior em nove anos. Na relação mensal, o índice registra a segunda queda consecutiva

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor apresentou crescimento de 25,4% no primeiro bimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os economistas da Serasa Experian, essa alta reflete o maior endividamento do consumidor, com o acúmulo de dívidas e o encarecimento do crédito, em decorrência da política monetária para controle da inflação.

Por outro lado, a inadimplência do consumidor registrou queda de 2,3% em fevereiro ante janeiro de 2011, representando o segundo recuo mensal consecutivo. De acordo com os economistas da Serasa Experian, os recuos registrados nos primeiros meses do ano dão sinais de que a inadimplência está perdendo o fôlego, o que deve refletir na comparação entre iguais meses de 2011 e 2010 nos períodos a seguir. Na comparação anual – fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado – a inadimplência registrou alta de 25,9%.

Na decomposição do indicador, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica e água) foram as principais responsáveis pelo recuo mensal do índice, com queda de 1,9%. A inadimplência com os bancos também contribuiu para o declínio do indicador, com participação de 0,9%, veja tabela abaixo:

Decomposição do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor Fevereiro/2011 x Janeiro/2011

Dívidas não bancárias

Bancos

Protestos

Cheques

Total

Variação

-5,0%

-2,0%

7,7%

3,6%

-2,3%

Peso

38,9%

47,2%

1,7%

12,1%

100,0%

Contribuição

-1,9%

-0,9%

0,1%

0,4%

-2,3%

Experian

Valor médio das dívidas não bancárias apresenta queda

Em fevereiro de 2011, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o valor médio das dívidas não bancárias teve queda de 8,2%. As dívidas realizadas com os bancos também apresentaram recuo de 7,7%. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos tiveram crescimento de 8,8% e 6,0%, respectivamente, veja tabela abaixo:

Modalidades de Inadimplência

Valor médio das dívidas Fev/10

Valor médio das dívidas Fev/11

Variação

Dívidas não Bancárias

R$ 358,54

R$ 329,08

-8,2%

Dívidas com os Bancos

R$ 1.396,98

R$ 1.289,14

-7,7%

Títulos Protestados

R$ 1.121,33

R$ 1.219,54

8,8%

Cheques sem Fundos

R$ 1.193,10

R$ 1.265,00

6,0%

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. Considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc.) em todo o país. Por levar em conta o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades, e não apenas dentro do sistema financeiro, o índice da Serasa Experian consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, que, muitas vezes, revelam ocorrências que vão se manifestar no sistema bancário dentro de 6 a 12 meses.

Fonte: Serasa Experian

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui